quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Análise Histórica de "Zulu"

Zulu - A Guerra Mais Famosa da África


Zulu é um filme inglês de 1964, dirigido por Cy Endfield e estrelado por Michael Caine, Stanley Baker, Jack Hawkins, Ulla Jacobsson, James Booth, Nigel Green, Ivor Emmanuel, Paul Daneman, Glynn Edwards, Neil McCarthy e David Kernam. O filme conta a história real da Batalha de Rorke's Drift durante a Guerra Zulu. É um dos melhores filmes ingleses de guerra. Todas as atuações são boas, mas é Michael Caine que domina o filme. As cenas de luta são brutais e muito bem coreografadas. A música é razoável, mas não prejudica o filme. Existem alguns erros de filmagem, como guerreiros zulus de papelão ou o uso de relógios modernos para a época, mas também não afeta a boa qualidade do filme. Zulu é um dos dois únicos filmes que fala sobre a Guerra Zulu, o conflito mais famoso da história da África, mas esquecido pelo mundo. Recomendo muito esse filme. Boa pipoca e diga nos comentários se gostou!


A Batalha de Isandlwana - O Exército Inglês é Derrotado na África:


Em 22 de Janeiro de 1879, uma força invasora inglesa de 1800 homens, invadiu o Reino da Zululândia, após este território africano se negar a fazer parte do Império Britânico. Os ingleses acreditavam que os Zulus seriam como qualquer outra tribo africana, primitiva e desorganizada. Porém, os zulus eram um povo muito bem organizado e seus guerreiros usavam táticas avançadas de combate, que nem os ingleses conheciam. Quando a força invasora adentrou o território zulu em Isandlwana, ela acabou sendo ataca do por 20.000 zulus. O combate foi brutal, mas devastador para os ingleses. Após várias horas de combate, os ingleses acabaram sendo derrotados e forçados a abandonar essa primeira campanha. 1300 ingleses e 3000 zulus perderiam sua vidas nessa batalha. Foi pela primeira vez na História da África onde uma tribo local derrotou uma nação europeia. No filme, a batalha é mencionada logo no início e mostra as consequências dessa derrota inglesa para o resto do filme.


O Rei Zulu Cetewayo - Quem foi Ele?


Cetewayo kaMpande foi o rei zulu durante a Guerra Zulu de 1879. Cetewayo era um líder inovador e um grande estrategista militar. Muitos anos antes de enfrentar os ingleses, os zulus estavam em constantes guerras contra fazendeiros holandeses, conhecidos como boêres, que tentavam invadir suas terras. Cetewayo estudou as táticas de combate dos holandeses e o uso de armas de fogo. Ele também revolucionou as táticas de combate dos zulus com a criação dos Impis (formações militares muito parecidas ao que os romanos utlizavam na Idade Antiga). Quando a Guerra Zulu ocorreu, Cetewayo obteve grandes vitórias contra os ingleses, sendo admirado por estes por sua coragem. Porém, quando os ingleses trouxeram novos reforços e armas mais pesadas, as táticas de Cetewayo acabaram não dando muito certo e o rei foi forçado a se render para os ingleses. Cetewayo seria exilado em Londres e morreria de causas naturais em 1884. No filme, Cetewayo é interpretado pelo ator e líder político Mangosuthu Buthelezi (que é o tataraneto do líder zulu na vida real).


A Zululândia:


A Zululândia ou Reino Zulu foi estebelecido em 1816 pelo líder da tribo zulu Shaka. Diferentes de outras tribos africanas, a tribo zulu era formada por guerreiros e sua forma de sobrevivência era a subjugação de tribos mais fracas. Após o estabelecimemto do pequeno reino, os zulus se expandiram para as tribos vizinhas e escravizou a maioria. A partir de 1848, o Reino Zulu era o maior e mais poderoso reino do sul da África. Quando Cetewayo assumiu o trono, este teve que enfrentar a ameaça dos boêres (fazendeiros holandeses) que tentavam invadir as terras zulus. Após muitas batalhas, os boêres foram derrotados e os zulus deixados em paz. Cetewayo planejava expandir o reino para as terras holandesas, mas em 1879 entrou em guerra contra o Império Britânico. Após a guerra, a Zululândia perdeu força e as outras tribos se rebelaram, fragmentando o poderoso reinado. Em 1887, o último rei zulu, Dinuzulu, é derrubado pelos ingleses e seu reinado transformado numa colônia inglesa. Em 1897, a Zululândia se tornaria uma província da África do Sul até os tempos atuais.



Quem foi John Chard?


Coronel John Rouse Merriott Chard foi um oficial inglês que liderou a defesa de Rorke's Drift contra o exército zulu durante a guerra de 1879. John era na verdade um oficial do Corpo de Engenheiros. Após o fracasso britânico em Isandlawana, o único oficial com alta patente em território zulu era John. Percebendo a aproximação dos zulus para o posto que comandava, John reuniu todos os homens que possuía para promover uma das batalhas mais difíceis da História. Após a árdua vitória em Rorke's Drift, John ainda participaria da última batalha da guerra em Ulundi e voltaria como um herói. Morreria de câncer terminal em 1897. No filme, John Chard é interpretado por Stanley Baker.



Quem foi Gonville Bromhead?


Major Gonville Bromhead foi um oficial inglês que liderou a heróica defesa de Rorke's Drift durante a Guerra Zulu de 1879. Vindo de uma família de militares, Gonville teve uma carreira promissora no 24a Regimento, lutando contra tribos sul-africanas e participando da lendária Batalha de Rorke's Drift em 1879. Após a Guerra Zulu, foi transferido para a Índia. Lá, ele participaria da Terceira Guerra Anglo-Burmesa. Morreria de febre tifóide em 1891 na Índia. No filme, Gonville é interpretado pelo formidável Michael Caine.



Os Boer - Os Fazendeiros Holandeses Sul-Africanos:


Os Boer são os descendentes dos primeiros colonos holandeses que haviam estabelecido as primeiras colônias na África do Sul. Todos se focaram na agricultura e eram bem religiosos. Sempre estiveram em conflito com a tribos locais, por causa das expansões de suas fazendas em territórios africanos. Após a Guerra Zulu, formariam um governo local que entraria em duas longas e difíceis guerras contra o Império Britânico. No século XX, os boeres seriam o pilar para a criação do governo Sul-Africano. Ficariam no comando da nação até o Apartheid nos anos 1990. Os boeres fazem uma breve aparição no filme, fugindo dos zulus.



O Guerreiro Zulu




O guerreiro zulu era um homem disciplinado, muito bem treinado e não tinha medo das armas de fogo dos europeus. Os zulus eram um povo guerreiro. Sobrevivia derrotando e escravizando outras tribos menores. Quando enfrentou os ingleses, os zulus demonstraram um grande avanço em táticas de combate que os ingleses nunca haviam visto antes. Os zulus iniciavam um ataque com uma dança tribal para dar energia aos seus homens e homenagear seus inimgos. Uma primeira leva de batedores, armados com rifles roubados, atacavam as linhas inglesas para descobrir os pontos mais fracos. Após alguns minutos, os batedores recuavam e a infantaria leve, armada com lanças longas e escudos curtos, atacava as linhas inglesas até abrir uma brecha. Com a brecha aberta, a infantaria pesada zulu, armada com lanças curtas e escudos longos e resistentes, avançava o mais rápido possível para aniquilar o inimigo. Caso o inimigo conseguisse sobreviver ao ataque pesado, os zulus despachavam sua tropa veterana, formada por homens mais velhos e armados com facões e escudos leves, para aniquilar de vez a tropa inimiga. Tais táticas funcionaram nas primeiras batalhas da guerra. Mas, com a introdução da artilharia e da metralhadora, os zulus perderiam força e seriam forçados a se render. Os zulus seriam perfeitamente retratados no filme e suas táticas de batalha seriam mostradas com grandes detalhes.



Quem Foi Henry Hook?


Sargento Alfred Henry "Harry" Hook foi um oficial inglês que lutou na brutal Batalha de Rorke's Drift durante a Guerra Zulu. Anos antes, Henry participou da Nona Guerra Xhosa e ganhou experiência em combate contra as tribos africanas. Porém, durante a luta contra os zulus, Henry seria gravemente ferido na cabeça e quase morreria. Após a guerra, Henry retornaria para a Inglaterra e seria curador do Museu Britânico. Morreria de tuberculose pulmonar em 1904. No filme, Henry Hook foi interpretado por James Booth.



A Batalha de Rorke's Drift - Os Ingleses viram o Jogo contra os Zulus:


A Batalha de Rorke's Drift foi a batalha que decidiu o futuro da Guerra Anglo-Zulu. Quando 4.000 zulus se separaram de seu exército principal para atacar a retaguarda do exército inglês, se depararam com um pequeno posto inglês defendido por 150 homens. O que ocorreu foi uma batalha de quase 24 horas. Os zulus lançavam ataques de flanco contra os defensores ingleses. O combate foi brutal e heróico. Os zulus chegaram bem próximos de aniquilar a tropa inglesa, mas no fim, os britânicos saíram vitoriosos. Após essa vitória, os zulus adotariam uma postura mais defensiva pelo resto da guerra. Os ingleses só perderam 17 homens. Já os zulus perderam 350 homens no combate. A batalha é o epicentro do filme.



Bibliografia:

  • Revista "Aventuras na História - Grandes Guerras - Edição de Colecionador - 100 Melhores Filmes de Guerra de Todos os Tempos". Ed. Abril. São Paulo, SP, 2008.






 








quarta-feira, 8 de julho de 2020

Análise Histórica dos "Doze Condenados"

Os Doze Condenados - Criminosos lutando na Segunda Guerra

Os Doze Condenados é um filme anglo-americano de 1967 e dirigido por Robert Aldrich. Com um elenco de grandes atores como Lee Marvin, Ernest Borgnine, Charles Bronson, Jim Brown, John Cassavetes, Richard Jaeckel, George Kennedy, Robert Ryan, Telly Savalas e Donald Sutherland, o filme é um dos maiores clássicos de Segunda Guerra no cinema. A história é focada num grupo fictício de soldados americanos que são enviados para a França numa missão suicida: matar um general nazista para facilitar a invasão da Normandia. Esse grupo particular de soldados é formado por criminosos (estrupadores, assassinos e ladrões) que se conseguirem matar o general e voltar para a base, serão perdoados por seus crimes. Para lidera-los, um major linha dura (Lee Marvin) vai treina-los, disciplina-los e lidera-los para essa missão, que foi feita mais para mata-los do que para salva-los. A música é boa. Todas as atuações são bem trabalhadas, mas é Lee Marvin que lidera o filme inteiro (acredito que este seja seu melhor filme). De forma geral, Os Doze Condenados é um épico e necessário filme para ser assitido. É pesado e possui temas como respeito, racismo e lealdade à nação. Recomendável!


A OSS - Os Espiões Aliados na Europa Nazista

A OSS foi uma organização de espionagem criada e administrada pelas nações Aliadas durante a Segunda Guerra Mundial. O objetivo da OSS era de enviar agentes dentro de território inimigo, para roubar ou interceptar informações inimigas, treinar ou criar grupos de resistência, e em casos mais raros, assassinatos. Seus membros (homens e mulheres) eram muito bem treinados para infiltração e espionagem. Caso fossem capturados, deveriam se matar com uma cápsula de cianureto, escondida na mandíbula. Foram essenciais para descobrir os principais planos dos nazistas na Europa Ocupada. Depois da guerra, a OSS foi dissolvida e seus respectivos agentes ajudaram a criar as principais unidades de inteligência do mundo inteiro. No filme, é a OSS que organiza a unidade dos Doze Condenados para a missão suicida.



A 101 Divisão Paraquedista:

Divisão Paraquedista americana criada para participar de operações de grande risco e importância na guerra contra o nazismo. Muito bem organizada e disciplinada, a 101, foi uma das melhores divisões aliadas durante a luta contra os nazistas. Foi usada nas campanhas mais importantes da Segunda Guerra, principalmente no Dia-D na Normandia. A divisão existe ainda hoje e é uma das melhores do mundo na atualidade. No filme, a divisão é responsável em treinar os doze condenados e leva-los até sua missão na França.


Os Verdadeiros "Condenados" - Os "Treze Nojentos":

Os "Treze Nojentos" foram membros de uma unidade de demolição paraquedista americana que lutou na França, Holanda, Bélgica e Alemanha. Seu objetivo era capturar posições estratégicas e sabotar bases inimigas. Seus homens eram altamente treinados, mas a disciplina era péssima (só respeitavam eles mesmos) e não tomavam banho, eis a origem do apelido. Eles se pintavam como índios americanos e usavam até moicano. Eram muito violentos e em alguns casos raros, usavam machadinhas e gritavam como os índios americanos contra o inimigo. Quase todos morreram até o fim da guerra. Somente 5 membros sobreviveram. Essa unidade foi a inspiração para o filme que aqui analiso.


Bibliografia:







quinta-feira, 28 de maio de 2020

Análise Histórica de "Fugindo do Inferno"

Fugindo do Inferno - A Fuga mais Impressionante da Segunda Guerra

Fugindo do Inferno é um filme americano de 1963, dirigido por John Sturges e estrelado por Steve McQueen, James Garner, Richard Attenborough, James Donald, Charles Bronson, Donald Pleasence, James Coburn e Hannes Messemer. O filme conta a história de um grupo de prisioneiros de guerra aliados numa prisão nazista e como planejam para fugir do local sem chamar a atenção. A história do filme é baseado em fatos reais. O filme é considerado um dos maiores clássicos do cinema e obrigatório para quem curte filmes de guerra. As cenas são épicas (principalmente da moto), as atuações são excelentes e o filme adora criar um pouco de tensão e nervosismo em relação à fuga. Recomendável!



Os Prisioneiros Aliados

Desde que a Segunda Guerra havia começado em 1939, os alemães já estavam acumulando milhares de prisioneiros das várias nações derrotadas. Quando os americanos entraram na guerra em 1941 e começaram a enviar bombardeiros e soldados para ajudar seus aliados contra a Alemanha Nazista, muitos destes também acabaram sendo feitos prisioneiros de guerra. As condições de vida nos campos não eram as melhores, mas os prisioneiros faziam de tudo para deixar tudo bem organizado. Eles sofreram muitos castigos e sempre havia  fuzilamentos para aqueles que tentassem escapar. Em alguns casos, esses prisioneiros montavam grupos de resistência para prejudicar a máquina de guerra alemã, pois a maioria desses campos ficava próxima de fábricas de armas. O filme retrata muito bem a vida desses prisioneiros de guerra.

O Campo Stalag Luft III

O Campo Stalag Luft III foi um campo de prisioneiros aliados, administrado pela Luftwaffe (Força Aérea Alemã) e onde ocorreu a famosa fuga de prisioneiros que o filme mostra. Estabelecido em 1942, para abrigar pilotos aliados capturados após missões de bombardeio contra a Alemanha. O campo era muito bem fortificado e patrulhado por homens da força aérea. Porém, fugas eram constantes e pelo menos 50 prisioneiros foram executados como punição por aqueles que escapavam do campo. Quando os soviéticos invadiram a Alemanha, o campo acabou sendo abandonado, mas os prisioneiros foram logo resgatados e libertados por patrulhas soviéticas. Foi desativado com o fim da guerra em 1945 e transformado num museu e memorial. Algumas cenas do filme foram filmadas no campo original.


Bibliografia:








quarta-feira, 15 de abril de 2020

Análise Histórica de Sargento York

Sargento York - Um Herói de Guerra Americano

Sargento York é um filme americano de 1941, dirigido por Howard Hawks e com a atuação de: Gary Cooper, Walter Brennan, Joan Leslie, George Tobias, Stanley Ridges, Margaret Wicherly, Ward Bond, Noah Beery Jr. e June Lockhart. O filme é biográfico. Ele conta a verdadeira história do Sargento York, o combatente americano a ganhar mais medalhas durante a Primeira Guerra Mundial pelos vários feitos heroicos que protagonizou. As atuações são boas, principalmente a de Gary Cooper. As músicas e o som são bons. Mesmo sendo preto e branco é um bom filme que te manterá ocupado por algumas horas. Começa devagar, mas termina de um jeito incrível e formidável. Recomendável.



O Campo Gordon - Centro de Treinamento do Exército Americano

O Campo Gordon foi um dos primeiros centros de treinamento do exército americano a ser estabelecido na nação desde o fim da Guerra Civil Americana. Diferente do que é mostrado no filme, o campo só seria construído em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1946, o campo seria desativado e convertido num bairro para afro-descendentes.



A Ofensiva Meuse-Argonne

A Ofensiva Meuse-Argonne foi uma ofensiva americano-francesa para tentar romper as defesas alemãs no norte da França e adentrar a Bélgica pelo sul. Mesmo tendo dificuldades na comunicação entre as diferentes tropas, a ofensiva foi um sucesso e os alemães acabaram sendo derrotados. Porém, foi uma ofensiva custosa para os aliados, pois as defesas alemães eram a mais formidáveis de toda a frente ocidental. É o pano de fundo de boa parte do filme.



A Medalha de Honra

A Medalha de Honra é maior condecoração das forças armadas americanas. Criada em 1862, essa medalha só pode ser entregue para aqueles que sacrificaram suas vidas em atos heróicos ou que fizeram grandes feitos que mudaram o rumo de algum conflito militar. No caso do Sargento York, ele recebeu 16 medalhas (sendo uma delas a de Honra) pelos feitos que fez durante a Primeira Grande Guerra.




O Hotel Walforf-Astoria

Inaugurado em 1931, o Hotel Walford-Astoria, foi o mais alto hotel do mundo, com 191 metros, até 1963 quando foi superado pelo Hotel Ukraina (USSR) por meros 7 metros a mais. É considerado um hotel clássico, por isso, é muito difícil de obter vagas, só com antecedência, e também pelo alto preço para se hospedar. No filme, o hotel aparece bem no fim. Mas, há um problema histórico: a história do filme se passa no final da Primeira Guerra Mundial e o hotel só estaria pronto nos anos 1930.




Quem foi Cordell Hull?

Cordell Hull foi um político americano e o 47 Secretário de Estado dos EUA. Durante a Primeira Guerra Mundial, Cordell foi responsável pelo o aumento dos impostos para ajudar a financiar uma modernização do exército americano. Por causa dessa decisão, sua carreira política ficaria parada por alguns anos antes de retornar para servir no gabinete do presidente Roosevelt. Durante a Segunda Guerra Mundial, Hull ajudou a administrar a coleta de impostos e de também desenvolver a base do que seria a futura ONU. Em 1945, Hull se aposentou. O político teria um ataque cardíaco em 1955 e morreria no hospital.


O Verdadeiro Sargento York

Alvin Cullum York foi um sargento do exército americano e um herói de guerra durante a Primeira Guerra Mundial. Lutou no último ano da guerra na Frente Ocidental contra o Império Alemão. Durante a ofensiva aliada no Argonne, York protagonizou grandes atos heróicos, mas seu maior sucesso foi quando atacou sozinho uma metralhadora alemã, matou com uma pistola 25 soldados inimigos e capturou mais de 130 alemães. Após esse ato, York seria promovido a major e ganharia uma Medalha de Honra. Depois da guerra se tornou fazendeiro e depois um importante engenheiro civil. Durante a Segunda Guerra, ajudou na campanha de aumentar a moral da população em relação novo conflito. Tentou participar, mas já não estava mais em condições de lutar. Teria complicações de saúde e morreria em 1964, aos 76 anos.


Bibliografia:

  • Revista "Aventuras na História - Grandes Guerras - Edição de Colecionador - 100 Melhores Filmes de Guerra de Todos os Tempos". Ed. Abril. São Paulo, SP, 2008.
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Alvin_York (página em inglês).
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Fort_Gordon (página em inglês).
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Meuse–Argonne_offensive (página em inglês).
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Medal_of_Honor (página em inglês).
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Waldorf_Astoria_New_York (página em inglês).
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Cordell_Hull (página em inglês).













quarta-feira, 4 de março de 2020

Análise Histórica de A Carga da Brigada Ligeira

A Carga da Brigada Ligeira - O Maior Sacrifício da Guerra da Criméia


A Carga da Brigada Ligeira é um filme americano de 1936, dirigido por Michael Curtiz e estrelado por Errol Flynn, Olívia de Havilland e Patric Knowles. O filme se foca no triângulo amoroso de dois irmãos do exército inglês apaixonados pela mesma mulher durante a brutal Guerra da Criméia. O roteiro é bem simples, mas possui fortes mensagens sobre sacrifício por algo melhor. As atuações são boas, a música é decente e as cenas de guerra são bem "pesadas" para um filme daquela época. O final pode chocar, mas foi feito desse jeito para deixar o público pensando sobre a decisão do protagonista sobre a tal situação ocorrida no filme. Vale a pena assistir! (Uma pequena curiosidade: foi esse filme que fez Hollywood criar uma lei rigorosa sobre o uso de animais nos filmes, pois esse filme resultou na morte de mais de 200 cavalos durante sua produção).




A Companhia da Índia Oriental


A Companhia das Índias Orientais, foi uma poderosa corporação privada responsável pela administração e proteção de todas as colônias inglesas no Oriente, principalmente a Índia, onde era sua sede. Originalmente criada em 1600 para fiscalizar e administrar os acordos comerciais da Inglaterra no Extremo Oriente e na Índia. Porém, nos anos 1800, a corporação tinha tanto poder e influência na região que acabou lançando campanhas militares, com um grande exército de mercenários, contra nações vizinhas da Índia e principalmente contra a China. Com medo do seu aumento no poder político do Império Britânico, a corporação acabou sendo dissolvida pelo parlamento inglês em 1874.

A Guerra da Criméia



A Guerra da Criméia (1853-1856) foi um conflito militar entre o Império Russo e o Império Otomano pelo controle das terras que cercavam o vital Mar Negro. O conflito teve início quando o Império Russo acusou o Império Otomano de perseguir e matar cristãos ortodoxos em suas terras próximas ao Mar Negro. De início, os russos tiveram a vantagem militar e rapidamente conquistaram vários territórios otomanos no Rio Danúbio. Porém, o Império Otomano criou várias alianças com os ingleses, franceses e italianos e com essa grande aliança formada, lançaram um poderoso ataque contra a Península da Criméia, vital para o poder naval russo na região. O resto do conflito aconteceria nessa península e terminaria com uma enorme derrota russa. Porém, as baixas foram tão enormes que nem mesmo os otomanos se aproveitaram para ocupar a península.  No final, um acordo foi estabelecido e tudo que havia sido perdido na guerra acabou devolvido.



A Batalha de Balaclava - O Sacrifício da Brigada Ligeira

O Cerco de Sebastopol mal havia começado, e os aliados estavam tendo muitos problemas para superar as defesas russas. Porém, no dia 25 de Outubro de 1854, tropas inglesas se preparavam para atacar a primeira linha de trincheiras russas, quando batedores revelaram que havia uma fortaleza próxima, chamada Balaclava, que possuía mais de 78 canhões que apoiavam a linha de trincheiras. A infantaria inglesa foi avisada a não atacar e recuou. Porém, a cavalaria ligeira inglesa não soube do comunicado e acabou lançando seu ataque contra as trincheiras. Mesmo sobre intenso bombardeio da artilharia russa, os cavaleiros britânicos conseguiram o impossível, eles romperam a linha de trincheira e forçaram os russos a recuar vários quilômetros. Mas, a brigada ligeira acabou sendo totalmente aniquilada e nenhum dos 600 homens e cavalos sobreviveu. Seu sacrifício foi essencial para os aliados abrirem uma brecha nessa área de Sebastopol, dois anos depois.


A Cavalaria Leve - A Melhor Unidade Europeia do Século XIX

A Cavalaria Leve era um tipo de cavalaria usada para ataques rápidos e decisivos. Diferente de outras unidades de cavalaria, a cavalaria leve também podia desmontar e lutar como infantaria. Os cavaleiros eram armados com espadas curvas (sabres) e uma pistola de pólvora (depois substituída pelos primeiros revólveres). O treinamento dessa unidade era bem rigoroso e poucos eram aprovados. Esse tipo de cavalaria seria usado até os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, no século XX.


Bibliografia:

  • Revista "Aventuras na História - Grandes Guerras - Edição de Colecionador - 100 Melhores Filmes de Guerra de Todos os Tempos". Ed. Abril. São Paulo, SP, 2008.
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Balaclava (página em inglês).
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Crimean_War (página em inglês).
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Charge_of_the_Light_Brigade (página em inglês).















quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Análise Histórica de "Ran"

 

Ran - Uma Obra de Shakespeare no Japão

 
 
Ran é um filme japonês/francês de 1985, dirigido pelo incrível Akira Kurosawa e estrelado por grandes nomes do cinema japonês: Mieko Harada, Tatsuya Nakadai, Akira Terao, Jinpachi Nezu, Daisuke Hyu e Hisashi Ikawa. O filme é uma adaptação da obra "Rei Lear" de Shakespeare, onde um poderoso senhor feudal divide suas terras com seus três filhos, que planejam cada um trair o outro e se tornar o líder supremo de todas as terras. O filme é um obra-prima. Obrigatório. Todas as cenas são incríveis e fortes. Um filme que vale a pena ver mais de uma vez pelas cores que Akira Kurosawa utiliza dependendo de cada situação. A música é sensacional, uma mistura da música japonesa com uma música europeia. Recomendável!
 
 
 

O Japão Feudal

 
Por quase 200 anos, o Japão viveu um período de total isolacionismo com o resto do mundo. Nessa época, cada região da ilha japonesa era administrada por poderosos senhores feudais, bem parecidos com os senhores feudais europeus, que lutavam constantemente por novas terras e influência no governo do Xogum. Também foi uma época onde samurais sem mestres, os chamados Ronins, perambulavam pelas estradas atrás de bandidos. O Japão Feudal foi muito diferente em comparação ao período feudal na Europa. Duraria até 1860, com a abertura dos portos japoneses para as nações ocidentais.
 
 
 

Os Poderosos Daimios

 
Os Daimios eram poderosos senhores feudais do Japão e possuíam uma grande influência na política japonesa. Também brigavam por terras contra outros daimios ou por rivalidades entre os diferentes clãs. Tinham enormes exércitos de samurais, que obedeciam a eles de forma fanática e até a morte. Aqueles que dominavam mais de um província, eram chamados de fudai-daimios. Eles desapareceriam durante a Revolução Meiji em 1860.
 
 
 

Os Castelos Japoneses

 
Os castelos japoneses eram construções formidáveis. Suas muralhas eram curvadas para impedir que o inimigo escalasse com escadas. Cada castelo era fortemente defendido por pequenas "vilas" onde os criados do daimio e seus samurais viviam. O prédio principal sempre ficava no meio de um pátio e possuía de 5 até 10 andares. Os corredores eram feitos iguais para confundir os seus invasores. Também fossos eram construídos para dificultar as operações de cerco. Por muitos anos, esses castelos eram quase impossíveis de serem capturados. Porém, tudo mudou quando os japoneses introduziram canhões pesados, de origem holandesa, para facilmente destruir suas muralhas e conquistar com rapidez essas importantes estruturas. Há ainda alguns desses castelos no Japão, atualmente usados como museus ou templos.
 
 
 

O Arcabuz no Japão

 
 
O arcabuz era um tipo de fuzil, bastante usado na Europa, e acabou sendo introduzido no Japão quando exploradores portugueses chegaram ao território nipônico. Rapidamente, os japoneses copiaram o modelo europeu e fabricaram milhares dessas armas. Disparavam um único tiro e demoravam vários minutos para serem recarregadas. Os japoneses criaram unidades especiais dentro dos samurais, especializadas nesse tipo de arma. Foram usadas até 1877 até serem substituídas por rifles de repetição dos EUA.
 
 
 

Os Samurais - Os Mais Letais Guerreiros da História

 
 
Os samurais era uma classe de guerreiros altamente treinados e muito bem armados. Por quase 500 anos, eles lutaram e sangraram para proteger suas terras de ameaças internas e externas. Eram extremamente leais ao imperador e ao xogum (líder supremo militar) e seguiam o código do bushido (que dizia que nunca poderiam se render ou serem capturados com vida. Lutavam até a morte ou cometiam suicídio). Eram armados com várias armas diferentes, mas a principal era a poderosa espada katana que podia cortar qualquer coisa com facilidade. Usavam armaduras bem coloridas e estruturadas para combate. Possuíam várias unidades de combate e formações de batalha. Foram a principal força militar do Japão até 1877 quando acabaram sendo aniquilados pelo recém-criado exército imperial.
 
 
 

Bibliografia:















quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Análise Histórica de O Grande Ditador

 

O Grande Ditador - A Versão Satírica de Hitler no Cinema

 
 
O Grande Ditador é um filme americano de 1940, dirigido e estrelado por Charles Chaplin, e um verdadeiro clássico do cinema. A história do filme é uma versão satírica da vida de Adolf Hitler, no filme ele é chamado de Adenoid Hynkel, que acaba sendo confundido por um mero barbeiro judeu e ambos trocam de lugar, causando enormes consequências pelo mundo. O filme é uma obra-prima e obrigatório para todos. Também foi o primeiro filme falado de Chaplin, algo que ele odiava, mas que rendeu vários prêmios importantes. A atuação de Chaplin como os dois personagens (o Ditador e o Barbeiro) é incrível. Os atores secundários também fazem um excelente papel, mas não chegam aos pés de Chaplin. Filme OBRIGATÓRIO!
 
 
 

A Frente Ocidental em 1918

 
 
A Frente Ocidental foi a principal campanha militar de toda a Primeira Guerra Mundial entre os Aliados e a Alemanha Imperial. Por quase cinco anos, milhares de jovens soldados seriam mortos pelas brutais armas usadas nessa campanha. Em 1918, após uma ousada ofensiva alemã, os aliados contra-atacaram e finalmente forçaram os alemães a se render. Hitler lutou nessa frente de batalha, quase morreu, mas sobreviveu e voltou para a casa com sede de vingança.
 
 
 

O Nazismo na Alemanha

 
Quando Hitler assumiu o poder em 1933 na Alemanha, ele imediatamente introduziu a ideologia fanática e extremista do nazismo nas vidas da população alemã. Nos primeiros anos, o nazismo era visto como uma nova forma de vida após o desastre da Primeira Guerra, onde pessoas que se afiliassem ao partido teriam excelentes condições de vida e bons empregos. Porém, a partir de 1936, o nazismo começou a finalmente mostra sua forma como uma ideologia racista e de superioridade racial. Tinha como principal objetivo perseguir e eliminar judeus e outras minorias raciais por toda a Alemanha. Foram anos terríveis para a população alemã descendente desses povos e isso duraria até o fim da Segunda Guerra quando o nazismo finalmente seria derrotado pelos aliados. Milhares seriam mortos por essa cruel e perigosa ideologia.
 
 
 

A Perseguição aos Judeus

 
Durante todo o governo nazista na Alemanha, os judeus e seus descendentes foram brutalmente perseguidos e aprisionados aos milhares. O motivo disso tudo era simplesmente por serem judeus e não alemães "arianos puros". Esses judeus acabaram sendo levados aos montes e a maioria, infelizmente, seria enviada e morta nos temíveis campos de concentração. Porém, alguns poucos judeus conseguiram se disfarçar por vários anos como cidadãos alemães e trabalhavam em simples empregos como cozinheiros, enfermeiras e barbeiros. Foram esses poucos judeus que ajudaram a manter a cultura judaica não só na Alemanha, mas também pelo resto da Europa quando a Segunda Guerra Mundial teve início em 1939.
 
 
 
 

Os Horríveis Campos de Concentração Nazistas

 
Estabelecidos em 1934, esses campos haviam sido criados para acomodar todos os judeus e outras minorias raciais que os alemães odiavam. Quando a guerra estorou, muitos desses campos foram modificados para o extermínio total dos judeus e das outras minorias. As condições de vida eram horríveis. Doenças predominavam nos alojamentos. E para piorar, os guardas nazistas maltratavam e torturavam os prisioneiros. O mundo só ficou sabendo da existência desses campos após a guerra ter sido finalizada na Europa em Maio de 1945.
 
 

Os Guetos Judaicos

 
Em Varsóvia, capital da Polônia, os nazistas haviam construído muros de concreto com arame farpado em vários bairros da cidade. O objetivo era acomodar todos os judeus poloneses que haviam sido capturados durante a invasão de 1939. As condições higiênicas eram horríveis e desumanas. Havia pouca água e comida para milhares de judeus. Quase todos os dias, soldados nazistas entravam nesses guetos para procurar membros da resistência polonesa que atuavam nesses locais. Em 1942, após demandas dos judeus para melhorar as condições de vida nos guetos terem sido ignoradas pelos nazistas, um violento levante popular aconteceu e muitos judeus e nazistas morreram durante uma semana inteira de combates urbanos. No fim, os guetos acabaram sendo desativados e os judeus restantes enviados para os campos de extermínio.
 
 
 

A Relação entre Hitler e Mussolini

 
Quando Mussolini estabeleceu um governo fascista na Itália, Hitler, um mero cabo do exército alemão, o admirava muito. Quando chegou ao poder em 1933, Hitler queria muito conhecer Mussolini, a oportunidade veio no ano seguinte, 1934, e foi nesse encontro histórico que Hitler viu a realidade sobre Mussolini: um mero ditador que se gabava muito e que tinha "fantasias" exageradas em criar um novo Império Romano. Quando ocorreu a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), Hitler viu que o exército italiano era fraco e muito mal-organizado. Diferente de Hitler, que estava modernizando suas forças armadas, Mussolini deixou de lado o militarismo e se focou mais em ficar rico e saquear as terras de outras nações. Quando a Segunda Guerra Mundial ocorreu, Mussolini acabou virando um "calcanhar de Aquiles" para os alemães, pois todas as campanhas militares que a Itália participava, sempre terminava em derrota para os italianos. Em 1943, Hitler transformou Mussolini num mero fantoche e o abandonou, nunca mais encontrando o líder fascista, que seria morto por rebeldes italianos em Milão, durante 1945. Dias depois, Hitler se mataria em Berlim.
 
 
 

Bibliografia:













quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Análise Histórica de "Casablanca"

 

Casablanca - Um Clássico Durante a Segunda Guerra

 
 
Casablanca é um filme americano de 1942, dirigido por Michael Curtiz e estrelado por Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains, Peter Lorre, Conrad Veidt, Sydney Greenstreet e Dooley Wilson. Casablanca é uma história fictícia entre um dono de bar e sua ex-namorada que devem correr contra o tempo para salvar um importante membro da resistência tcheca de espiões nazistas. Ao mesmo tempo, ambos tentam voltar a ter um relacionamento no meio de uma caçada entre espiões e traidores. O filme não é só um clássico do cinema mundial, como foi de extrema importância para o que estava realmente acontecendo no mundo: a Segunda Guerra Mundial. Os EUA havia acabado de entrar no conflito e Hollywood teve a brilhante ideia de criar um filme que aumentasse ainda mais o patriotismo americano na luta contra nazismo. Sobre o filme, é uma obra-prima do cinema. Ele não é só um filme de guerra. Também  tem romance, drama e até uma atmosfera noir. Super recomendável. Um filme incrível de se ver. Aproveite todos os seus minutos para analisar cada detalhe.
 
 
 
 
 

O Marrocos na Segunda Guerra

 
O Marrocos era ainda uma colônia francesa durante a Segunda Guerra. Em 1940, logo após a queda da França para a Alemanha, o Marrocos se tornou, juntamente com outras colônias francesas, parte do governo fascista de Vichy. Pelo resto de 1940 até 1942, Casablanca, capital dessa colônia, se tornou um epicentro de espionagem para ambos os lados, numa desesperada tentativa de convencer os franceses marroquinos a apoiar os aliados ou o eixo. Em 1942, o Marrocos acabou sendo invadido por forças anglo-americanas, como parte da Operação Tocha, e após três dias de pesados combates, se rendeu para os aliados e seus soldados franceses se juntaram ao avanço aliado pelo resto da África.
 
 
 

A França Vichy

 
 
A França Vichy, estabelecida após a derrota do governo francês em 1940, foi um governo militarista-fascista que decidiu se manter neutro pelo resto da guerra, mas acabou se tornando um aliado para os alemães após alguns ataques navais feitos pelos ingleses pelo Mediterrâneo. Seu exército era formado por tropas coloniais e legionários. Seu armamento era obsoleto e fraco. Porém, seu poder naval era devastador, mas não foi usado como os alemães queriam que fosse. Mesmo depois da invasão aliada em 1944 na França, os remanescentes do governo Vichy escaparam para o sul da Alemanha e lá estabeleceram um governo-de-exílio até o fim da guerra. Muitos de seus líderes seriam julgados como traidores e executados pelo governo francês de Charles De Gaulle.
 
 
 

 

A Brutal Polícia Francesa

 
 
A Polícia Francesa Vichy ou Colaboracionista, foi criada pelo governo de Vichy, após a queda da França, com o intuito de caçar e eliminar possíveis aliados dos ingleses dentro de seu território ou em suas colônias. A polícia era bem treinada, armada e leal ao governo fascista. Cometeu vários crimes de guerra contra os civis e ajudou a denunciar e entregar muitos judeus que estavam escondidos pela França. Após a guerra, a unidade seria dissolvida e seus membros restantes julgados e condenados por crimes de guerra. A maioria foi executada como traidores.
 
 
 
 

A Resistência Tcheca

 
Após a invasão alemã de 1939 na Tchecoslováquia, muitos militares e civis tchecos fugiram para as montanhas e iniciaram uma longa e violenta guerrilha contra os alemães e seus aliados até o fim da guerra. A resistência tcheca não era muito grande, mas possuía um alto nível de treinamento e preparo que nenhuma outra resistência européia teve. Mesmo mal-armados de início, os tchecos sabiam improvisar e roubar armas inimigas para manter a resistência de seu povo contra as atrocidades nazistas. Muitos membros da resistência se transformaram em excelentes espiões e contribuíram para os aliados sobre projetos secretos nazistas e as localizações das principais fábricas pela Europa. Depois da derrota nazista em 1945, a resistência tcheca seria parcialmente dissolvida pelos soviéticos, mas alguns membros continuariam resistindo contra a ocupação soviética até o fim da Guerra Fria.
 
 
 
 
 

Espiões Alemães

 
 
Quando o nazismo se estabeleceu na Alemanha em 1933, imediatamente, centenas de espiões alemães foram despachados para os principais países do mundo para descobrir planos secretos e se havia alguma intenção de atacar a Alemanha. Até 1943, o serviço de inteligência alemã era um dos mais eficientes do mundo. Tinham agentes infiltrados pelo mundo inteiro, com o intuito de assassinar ou sabotar  o inimigo. Porém, as forças aliadas conseguiram localizar e eliminar a maioria desses agentes infiltrados e impedir que fizessem mais estragos do que o necessário. A maioria desses espiões foi presa e executada, mas alguns escaparam após a guerra e foram caçados por unidades especiais do governo de Israel, para responderem pelos crimes que praticaram. Alguns poucos desertaram ou se renderam para os aliados ou soviéticos.
 
 
 
 

A França Livre

 
A França Livre foi um movimento de resistência criado pelo general Charles De Gaulle com o intuito de continuar a luta contra os nazistas, após a queda da França em 1940. O movimento era dividido em dois grupos: a guerrilha que ainda lutava na França e era dividida por vários grupos políticos, e os militares que escaparam de seu território junto com os ingleses. Seria esse segundo grupo que traria grandes mudanças políticas e sociais para a França após a guerra e ajudaria os aliados a finalmente destruir o nazismo de Hitler. De Gaulle seria presidente, mas ficaria no poder por mais tempo que o planejado e acabaria sendo visto mais como um ditador do que um líder honesto que havia sido durante a Segunda Guerra.
 




 

Bibliografia: