quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Análise Histórica de "Casablanca"

 

Casablanca - Um Clássico Durante a Segunda Guerra

 
 
Casablanca é um filme americano de 1942, dirigido por Michael Curtiz e estrelado por Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains, Peter Lorre, Conrad Veidt, Sydney Greenstreet e Dooley Wilson. Casablanca é uma história fictícia entre um dono de bar e sua ex-namorada que devem correr contra o tempo para salvar um importante membro da resistência tcheca de espiões nazistas. Ao mesmo tempo, ambos tentam voltar a ter um relacionamento no meio de uma caçada entre espiões e traidores. O filme não é só um clássico do cinema mundial, como foi de extrema importância para o que estava realmente acontecendo no mundo: a Segunda Guerra Mundial. Os EUA havia acabado de entrar no conflito e Hollywood teve a brilhante ideia de criar um filme que aumentasse ainda mais o patriotismo americano na luta contra nazismo. Sobre o filme, é uma obra-prima do cinema. Ele não é só um filme de guerra. Também  tem romance, drama e até uma atmosfera noir. Super recomendável. Um filme incrível de se ver. Aproveite todos os seus minutos para analisar cada detalhe.
 
 
 
 
 

O Marrocos na Segunda Guerra

 
O Marrocos era ainda uma colônia francesa durante a Segunda Guerra. Em 1940, logo após a queda da França para a Alemanha, o Marrocos se tornou, juntamente com outras colônias francesas, parte do governo fascista de Vichy. Pelo resto de 1940 até 1942, Casablanca, capital dessa colônia, se tornou um epicentro de espionagem para ambos os lados, numa desesperada tentativa de convencer os franceses marroquinos a apoiar os aliados ou o eixo. Em 1942, o Marrocos acabou sendo invadido por forças anglo-americanas, como parte da Operação Tocha, e após três dias de pesados combates, se rendeu para os aliados e seus soldados franceses se juntaram ao avanço aliado pelo resto da África.
 
 
 

A França Vichy

 
 
A França Vichy, estabelecida após a derrota do governo francês em 1940, foi um governo militarista-fascista que decidiu se manter neutro pelo resto da guerra, mas acabou se tornando um aliado para os alemães após alguns ataques navais feitos pelos ingleses pelo Mediterrâneo. Seu exército era formado por tropas coloniais e legionários. Seu armamento era obsoleto e fraco. Porém, seu poder naval era devastador, mas não foi usado como os alemães queriam que fosse. Mesmo depois da invasão aliada em 1944 na França, os remanescentes do governo Vichy escaparam para o sul da Alemanha e lá estabeleceram um governo-de-exílio até o fim da guerra. Muitos de seus líderes seriam julgados como traidores e executados pelo governo francês de Charles De Gaulle.
 
 
 

 

A Brutal Polícia Francesa

 
 
A Polícia Francesa Vichy ou Colaboracionista, foi criada pelo governo de Vichy, após a queda da França, com o intuito de caçar e eliminar possíveis aliados dos ingleses dentro de seu território ou em suas colônias. A polícia era bem treinada, armada e leal ao governo fascista. Cometeu vários crimes de guerra contra os civis e ajudou a denunciar e entregar muitos judeus que estavam escondidos pela França. Após a guerra, a unidade seria dissolvida e seus membros restantes julgados e condenados por crimes de guerra. A maioria foi executada como traidores.
 
 
 
 

A Resistência Tcheca

 
Após a invasão alemã de 1939 na Tchecoslováquia, muitos militares e civis tchecos fugiram para as montanhas e iniciaram uma longa e violenta guerrilha contra os alemães e seus aliados até o fim da guerra. A resistência tcheca não era muito grande, mas possuía um alto nível de treinamento e preparo que nenhuma outra resistência européia teve. Mesmo mal-armados de início, os tchecos sabiam improvisar e roubar armas inimigas para manter a resistência de seu povo contra as atrocidades nazistas. Muitos membros da resistência se transformaram em excelentes espiões e contribuíram para os aliados sobre projetos secretos nazistas e as localizações das principais fábricas pela Europa. Depois da derrota nazista em 1945, a resistência tcheca seria parcialmente dissolvida pelos soviéticos, mas alguns membros continuariam resistindo contra a ocupação soviética até o fim da Guerra Fria.
 
 
 
 
 

Espiões Alemães

 
 
Quando o nazismo se estabeleceu na Alemanha em 1933, imediatamente, centenas de espiões alemães foram despachados para os principais países do mundo para descobrir planos secretos e se havia alguma intenção de atacar a Alemanha. Até 1943, o serviço de inteligência alemã era um dos mais eficientes do mundo. Tinham agentes infiltrados pelo mundo inteiro, com o intuito de assassinar ou sabotar  o inimigo. Porém, as forças aliadas conseguiram localizar e eliminar a maioria desses agentes infiltrados e impedir que fizessem mais estragos do que o necessário. A maioria desses espiões foi presa e executada, mas alguns escaparam após a guerra e foram caçados por unidades especiais do governo de Israel, para responderem pelos crimes que praticaram. Alguns poucos desertaram ou se renderam para os aliados ou soviéticos.
 
 
 
 

A França Livre

 
A França Livre foi um movimento de resistência criado pelo general Charles De Gaulle com o intuito de continuar a luta contra os nazistas, após a queda da França em 1940. O movimento era dividido em dois grupos: a guerrilha que ainda lutava na França e era dividida por vários grupos políticos, e os militares que escaparam de seu território junto com os ingleses. Seria esse segundo grupo que traria grandes mudanças políticas e sociais para a França após a guerra e ajudaria os aliados a finalmente destruir o nazismo de Hitler. De Gaulle seria presidente, mas ficaria no poder por mais tempo que o planejado e acabaria sendo visto mais como um ditador do que um líder honesto que havia sido durante a Segunda Guerra.
 




 

Bibliografia: