quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Análise Histórica do "Resgate do Soldado Ryan" - Parte 2

 

"Resgate do Soldado Ryan" - Continuação

 

O Rifle Springfield

 
 
O principal rifle dos atiradores americanos na Segunda Guerra foi o Rifle M1903 Springfield. Rápido de recarregar, o Springfield era uma arma extremamente letal nas mãos de um atirador muito bem treinado. Carregava e disparava cinco tiros. Podia ser usada com ou sem uma mira telescópica. Foi usada pelos EUA até a Guerra da Coréia (1950-53) e aposentada em 1959. Hoje é considerada uma relíquia entra os rifles sniper.
 
 

O Exército Alemão em 1944

A situação do exército alemão em 1944 era bem perigosa. Metade do exército tentava sobreviver as constantes ofensivas russas na frente oriental. Pelos menos 16 divisões alemãs seguravam os aliados na península itálica. Mas na França, os alemães estavam bem preparados e organizados. Para piorar, as melhores divisões do exército alemão estavam de folga e se preparavam para serem enviadas para frente oriental ou italiana, sem terem noção de que entrariam em combate contra os aliados que estariam invadindo pela Normandia. Assim mesmo, os alemães tinham armas poderosas, ainda eram fanáticos por Hitler e acreditavam que venceriam a guerra em breve. Seria um combate brutal para libertar a Europa Ocidental do nazismo.
 
 

Crimes de Guerra Americanos na Europa

 
Como aconteceu no Pacífico, tropas americanas também cometeram vários crimes de guerra na Europa. O caso mais comum era a execução de prisioneiros alemães. Muitos americanos acreditavam que o único modo de derrotar a Alemanha era de destruir por completo seus exércitos. Para evitar que tais crimes aumentassem, policiais militares eram colocados nas zonas de retaguarda para proteger os direitos dos prisioneiros do abuso dos soldados que já estavam cansados da guerra.
 
 

A Artilharia Naval Alemã



Boa parte da artilharia naval alemã, usada nas defesas costeiras alemãs pela Europa conquistada, era de várias origens. Havia canhões tchecos, italianos, franceses, noruegueses e soviéticos. O mais poderoso era o canhão soviético de 155mm (vide a imagem acima). Podia disparar dez tiros por minuto e causava muito estrago. Os alemães também tinham canhões navais retirados de alguns navios obsoletos de sua marinha e colocados em abrigos anti-bombas. Variavam entre 10 a 15 polegadas e foram colocados para afundarem navios inimigos. Quando os aliados invadiram a Normandia, boa parte desses canhões sobreviveram aos bombardeios iniciais e causaram vários estragos. Mas, no fim do Dia-D, a maioria já estava destruída ou capturada.
 
 


A Vida do Povo Americano durante a Guerra

Mesmo que os EUA estivesse na guerra com força total, a população americana continuava com sua vida calma e divertida. Sim, a população ajudou muito na vitória aliada com a produção quase infinita de armas e veículos pela indústria americana. Havia também um certo nervosismo para atos de sabotagem e de colaboradores que poderiam se infiltrar na sociedade americana e causar algum estrago. Mas, nada de grave aconteceu. Os únicos problemas internos que os EUA ainda sofria era com a crescente violência entre as diferentes máfias que lutavam pelo poder nas ruas das maiores cidades americanas.
 
 

O Brilhante General George C. Marshall


O General americano George C. Marshall foi um brilhante líder militar e político nos EUA durante a Segunda Guerra. Veterano da Primeira Guerra, Marshall rapidamente subiu no comando americano e em 1939, logo no início da Segunda Guerra, foi eleito o novo chefe do Estado Maior Aliado. Seu maior feito na guerra foi o planejamento e construção da Operação Overlord, a invasão da Normandia. Por causa do imenso sucesso que foi a invasão, Marshall acabou condecorado e declarado herói dos EUA. Morreu de causas naturais em 1959.
 
 

O Jeep - O Veículo Americano mais Famoso da Guerra


 
O Willys MB, também chamado de Jeep, foi o veículo de transporte e de reconhecimento mais famoso e usado pelos americanos e seus aliados durante a Segunda Guerra. Podia carregar quatro soldados. Também podia ser modificado para combate, armado com uma metralhadora .30, ou para transporte de feridos. Foi bastante popular entre os oficiais de alta patente. Continuaria em uso por muitos anos após a guerra.
 
 
 

Os Paraquedistas Americanos


Altamente treinados e preparados para as missões mais difíceis, os paraquedistas americanos eram a força de elite do exército americano e essenciais para o grande sucesso que foi a invasão da Normandia. Usavam táticas de guerrilha contra as tropas alemãs e podiam até mesmo usar armas capturadas com certa facilidade. A emboscada de tropas inimigas na retaguarda era a tática favorita desses soldados. Raramente obtinham prisioneiros. Tiveram muitos casos de fuzilamento de prisioneiros alemães nas mãos de muitos paraquedistas.
 
 

A População Francesa durante a Guerra


A situação dos civis franceses durante a Segunda Guerra não era tão desesperadora. Quase toda a populaçào decidiu não resistir à ocupação alemã e continuou com sua vida normal e tranquila. Só alguns poucos pegaram em armas e se juntaram a resistência local. Em 1944, com a invasão aliada ocorrendo na Normandia, a população francesa já percebia que o Nazismo estava acabando e decidiu entrar na luta. Porém, muitos civis acabariam mortos tanto pelos alemães quanto pelos aliados por causa dos brutais combates que aconteceriam por toda a França.
 
 

Os Temíveis Atiradores Alemães


Durante boa parte da Campanha da Normandia, os aliados sofreriam grandes perdas por metralhadoras escondidas, morteiros e armadilhas. Porém, o maior obstáculo foi o atirador alemão. Esses soldados eram veteranos da luta contra os russos e aprenderam algumas táticas que os russos utilizavam. Uma delas era de se posicionarem nos pontos mais altos das cidades francesas, principalmente nas torres de igrejas. Um único atirador era capaz de segurar por várias horas uma divisão inteira e causar bastante estrago. Caso fosse localizado, equipes de atiradores aliados "caçavam" o atirador alemão até elimina-lo. Mas, houveram casos que tanques foram usados para eliminarem essas ameaças mais rapidamente para não segurarem a ofensiva aliada que acontecia na Normandia.
 
 

A Metralhadora Americana Calibre .30


A calibre .30 é uma metralhadora de origem americana produzida após a Primeira Guerra Mundial e bastante utilizada na Segunda Guerra. Ela pode disparar mais de 200 tiros por minuto e causar bastante estrago. Foi bastante usada pelas forças aliadas em todas as frentes de batalha. Carregava uma "caixa" de munição que continha um longo cinto de mais de 1000 balas. Porém, ainda sofria com um certo problema de super aquecimento e podia emperrar algumas vezes. Não era tão letal quanto a MG-42 alemã, mas podia assustar até mesmo os soldados mais experientes quando era usada. Podia ser carregada e usada por um único homem, podia ser colocada num tripé (vide a imagem acima) e ainda usada em veículos leves como o Jeep. É usada até hoje pelo mundo, incluindo os EUA.
 
 

O Rifle Kark98: A Principal Arma do Exército Alemão


Na verdade é uma carabina (rifle pequeno mas, mais rápido). O Kark98 foi criado em 1898 para substituir os rifles semiautomáticos de pólvora que o exército alemão ainda usava. A carabina foi um sucesso nas forças alemãs. Podia disparar cinco tiros por cartucho e ainda uma baioneta podia ser colocada na ponta da arma. Raramente emperrava e era bastante letal nas mãos de um exímio atirador. Foi usada nas duas Grandes Guerras e até hoje é utilizada por centenas de países, menos a Alemanha.
 
 

O MP-40: A Primeira Sub-Metralhadora Totalmente Automática da História

A MP-40 foi a primeira sub-metralhadora totalmente automática a ser usada numa guerra. Carregava um cartucho com 32 balas e disparava pelo menos quatro por cada rajada. Era leve, sendo totalmente feita de metal, e fácil de ser manuseada. Foi usada pelas forças armadas alemãs durante a Segunda Guerra e seu efeito foi bastante avassalador em comparação a outras armas do tipo de outras nações. Após a guerra, milhares seriam contrabandeadas pelo mundo. Ela seria bastante popular para os mafiosos americanos ao longo dos anos 1940, 1950 e 1960.
 
 

Os Planadores




Durante a Campanha da Normandia, os aliados empregaram uma imensa quantidade de planadores contra as forças alemãs que ocupavam a região. O plano era de descarregar o maior número de soldados americanos e britânicos atrás das defesas alemãs e causar o maior estrago possível em sua retaguarda. Os planadores podiam carregar até 30 homens ou um jipe ou um canhão de artilharia ou dois canhões anti-tanque. Durante o Dia-D, os aliados lançaram milhares pela Normandia e o plano deu certo, mesmo sofrendo uma grande perda desses aviões durante as aterrissagens em território inimigo.
 
 

Bibliografia: