sexta-feira, 16 de março de 2018

Análise Histórica de "Alexandre"

 

"Alexandre" - A Polêmica do Maior Conquistador Militar da História

 

 
"Alexandre" é um filme americano de 2004, dirigido pelo polêmico diretor Oliver Stone e estrelado por grandes atores e atrizes de Hollywood como: Collin Farrell, Angelina Jolie, Anthony Hopkins, Val Kilmer, Jared Leto e Jonathan Rhys Meyers. O filme se foca na fantástica campanha militar que Alexandre lançou pelo mundo conhecido e que estabeleceria um dos maiores impérios da História. Também mostra suas origens e entra em assuntos pessoais e polêmicos de sua vida como por exemplo seu caso homoafetivo com o personagem de Jared Leto. O filme possui uma história bem narrada e contada por Anthony Hopkins e uma cinematografia fenomenal. As atuações são boas e quase tudo sobre Alexandre é mostrado com perfeição. Porém, não é recomendável para todos, pois é um filme de quase 3h30 e há momentos em que nada de interessante acontece. Recomendável para aqueles que gostam de um épico de aventura, romance e muito drama.
 
 
 

Quem foi Alexandre, O Grande?

 
Alexandre, o Grande foi um líder militar e político brilhante e rei da Macedônia. Sua juventude foi marcada pelos ensinamentos filosóficos e históricos de Aristóteles. Após a morte de seu pai, Filipe II, Alexandre se tornou rei da Macedônia. No ano seguinte, Alexandre esmagou uma revolta grega e iniciou uma ousada campanha militar contra a Pérsia. Em 334 AC, Alexandre invadiu a Pérsia e inciou uma campanha de mais de 10 anos até a queda do Império Persa diante das ações de Alexandre. Em 326 AC, Alexandre invadia a Índia e obtinha sua última vitória militar contra os pauravas (Império Gupta) em Hydaspes. Porém, após anos de lutas quase intermináveis, Alexandre foi forçado a deixar sua campanha de conquista e apoiar a retirada de seus exaustos e doentes homens. Em 323 AC, Alexandre estabelecia a Babilônia como capital de seu imenso império. Porém, nesse mesmo ano, o grande líder militar seria vítima da malária e morreria. Após sua morte, sua família foi morta e seus generais iniciaram uma guerra civil para ver quem controlaria o império. Alexandre nunca retornou para a Macedônia e nunca sofreu uma derrota. Seu corpo foi enterrado em algum lugar do Egito.
 
 
 

Quem foi Ptolomeu I?

 
Conhecido como Ptolomeu I, o Salvador, foi um dos generais macedônicos de Alexandre e um de seus três sucessores após a sua morte para governar o império que estabeleceu. Ptolomeu ocupou o Egito e o transformou num poderoso e respeitado reino helênico conhecido como: o Reino do Egito. Ele se tornou o primeiro faraó da dinastia ptolomaica e transformou Alexandria na capital de todo o conhecimento grego e egípcio do mundo antigo. Foi responsável pela reconstrução de um Egito saqueado e esquecido no tempo e restabeleceu as antigas tradições egípcias, mas com algumas adições gregas nessa cultura. Foi um faraó amado por todos e defendeu o seu reino dos outros generais de Alexandre. Foi também o general que levou e enterrou o corpo de Alexandre em Alexandria (outras fontes dizem que ele o enterrou no Oásis de Siwa). Morreu de causas naturais aos 84 anos. Foi o criador da famosa biblioteca de Alexandria e também escreveu a biografia sobre Alexandre, o Grande.
 
 
 

Quem foi Aristóteles?

 
Aristóteles foi um filósofo e cientista grego e tutor de Alexandre, o Grande. Ele é conhecido como o "Pai da Filosofia Ocidental" e responsável por várias ideias políticas e filosóficas que são usadas hoje em dia. Foi aluno de Platão e graças aos conhecimentos e ensinamentos deste, Aristóteles pôde expandir ainda mais o estudo sobre as políticas e filosofias do mundo antigo grego e de seus vizinhos. Após ter passado seus ensinamentos para Alexandre, este sempre enviava mais papiros e documentos sobre os territórios que conquistava, expandindo ainda mais o conhecimento sobre o resto do mundo para a filosofia grega. Também um grande físico, suas teorias seriam usadas até o século 19. Após a morte de Alexandre, Aristóteles foi forçado a fugir para a Macedônia, pois a Grécia estava se rebelando do controle macedônico, e viveu seus últimos anos na casa de verão da mãe. Morreu de causas naturais no mesmo dia em que Sócrates, um antigo colega, foi julgado e executado em Atenas.
 
 
 

Quem foi Felipe II?

 
Felipe II foi um rei macedônico e pai de Alexandre. Um grande líder político e militar, Felipe sonhava em estabelecer um império gigantesco e esmagar o corrupto Império Persa. Foi responsável pela reforma do exército macedônico e da introdução da falange grega em suas tropas. Invadiu a Grécia e ocupou todas as principais cidades gregas. Com um exército numeroso, Felipe estava prestes a invadir o território persa quando foi assassinado por um espião persa durante um evento político em Corinto (algumas fontes dizem que quem mandou matar Felipe foi sua quinta esposa, Olympias, que logo pois a culpa nos persas). Alexandre ocupou o trono de seu pai e invadiria os persas como retaliação pelo seu assassinato.
 
 

Quem foi Dario III?

 
Dario III foi o último imperador persa e acabou sendo derrubado do trono por Alexandre. Quando assumiu, o Império Persa enfrentava vários problemas internos entre os vários diferentes sátrapas (governadores) que lutavam pelo poder das regiões mais ricas do império. Dario fez de tudo para agradar os sátrapas, mas acabou sendo chamado de fraco e incompetente. Quando Alexandre invadiu o império, Dario de início ignorou o general macedônico, pois acreditava que seus sátrapas facilmente derrotariam essa invasão grega. Porém, quando Alexandre derrotou a maior parte dos sátrapas em várias batalhas e já controlava a Anatólia (Turquia), Dario decidiu confronta-lo em Issus para mostrar ao seu povo que ele era um grande líder. Quase derrotou Alexandre, mas acabou recuando para a Mesopotâmia (Iraque). Aproveitando a ida de Alexandre para o Egito, Dario reconstruiu seu exército e esperou seu adversário invadir a Mesopotâmia. Depois de um ano de espera, Dario confrontou Alexandre em Gaugamela e foi definitivamente derrotado pelo general macedônico. Com seu exército arruinado e com a Mesopotâmia controlada pelos gregos, Dario fugiu para Persépolis, capital do Império Persa. Alexandre o perseguiu e tomou a capital. Mas, Dario escapou para a Bactria (Afeganistão) onde acabou traído e morto pela sua própria guarda real. Acabou encontrado por Alexandre, que o admirava muito, e o enterrou com  todas as glórias na Babilônia.
 
 

A Batalha de Gaugamela - O Fim do Império Persa

 
Também conhecida como Arbela, a Batalha de Gaugamela ocorreu no norte da Mesopotâmia e resultou na queda definitiva do Império Persa. Após ficar um ano no Egito, Alexandre resumiu sua campanha militar e começou a se aproximar da Babilônia. Com um exército de 40.000 homens, Alexandre enfrentou todo o poderio persa de Dario III, que tinha mais de 200.000 homens, numa batalha épica e decisiva. Usando uma tática de flanco, Alexandre conseguiu quebrar as defesas dos persas e quase matar Dario. Porém, quando o imperador persa iniciou uma retirada caótica, Alexandre teve que voltar para seu exército, pois este estava sendo pressionado pelas tropas mais leais de Dario. A batalha durou um dia inteiro e resultou na perda de 1500 gregos e 90.000 persas. Com essa vitória, Alexandre pôde adentrar a famosa e bela Babilônia.
 
 
 

A Babilônia - O Centro de Conhecimento do Mundo Antigo

 
A Babilônia era a cidade mais bonita e importante do mundo antigo. Lá ficavam os jardins suspensos e a famosa Torre de Babel. Graças as suas bibliotecas, os povos que sempre ocupavam a cidade, usavam os grandes ensinamentos babilônicos para espalha-los pelo resto do mundo conhecido e também para trazer novas culturas para a cidade. Depois de centenas de anos sobre controle dos persas, a Babilônia recebeu de braços abertos, Alexandre. O grande líder macedônico ficou pouco tempo, mas apreciou todos os detalhes dessa magnífica cidade e da gratidão de seu povo miscigenado. Depois de Alexandre falecer, um de seus generais assumiu o controle da cidade que seria totalemente destruída pelos violentos e nômades partas. Muitas obras de filósofos antigos seriam perdidas, mas muitas outras escapariam para a famosa biblioteca de Alexandria no Egito.
 
 
 

A Batalha de Hydaspes - A Última Vitória de Alexandre

 
A Batalha de Hydaspes foi a última grande batalha que Alexandre participou e sua última vitória. Localizado num rio no norte da Índia, Alexandre liderava seu exército conquistador para ocupar as terras além do antigo Império Persa e descobrir nova terras para os gregos. Mesmo enfrentando doenças desconhecidas, animais estranhos e um povo dividido em várias tribos, Alexandre e seus homens sofreram para avançar, mas após árduas campanhas contra as tribos locais, o imperador macedônico alcançou o Hydaspes, o rio que era a fronteira norte do poderoso Império Gupta. Enfrentando um exército mais numeroso e avançado que o seu, e ainda possuindo centenas de elefantes de guerras, Alexandre aceitou o desafio e atacou o inimigo. Mesmo sofrendo enormes perdas, incluindo o seu cavalo Bucéfalos, Alexandre obteve uma grande vitória e humilhou os guptas em combate pesado. Mas, acabou gravemente ferido quando uma flecha perfurou o seu peito e quase o matou. Após a batalha, Alexandre acordaria quatro dias depois e encontraria seu exército exausto e doente. Ouvindo as preces de seus homens para voltar para casa, já fazia quase cinco ou sete anos, que esses soldados gregos não vinham seu povo, Alexandre apoiou a ideia e ordenou uma retirada estratégica para a Babilônia, para recompor suas forças, reconstruir seu exército e no futuro expandir ainda mais seu glorioso Império Macedônico.
 
 
 

A Biblioteca de Alexandria, Egito

 

A famosa biblioteca de Alexandria no Egito, foi o maior acervo histórica do Mundo Antigo e continha em torno de 400.000 obras em várias línguas diferentes. Construída por Ptolomeu I para elogiar Alexandre, a biblioteca só era usada por membros da família real, poetas e filósofos. Era um dos prédios mais lindos e bem construídos da cidade. Porém, em 48 A.C., tropas romanas de Júlio César colocaram fogo na enorme estrutura como punição pela resistência do Reino Ptolomaico contra a expedição romana. Mas, alguns documentos acabaram sendo salvos e escondidos pela cidade até serem novamente encontrados nos séculos 19 e 20.
 
 

Bibliografia: