segunda-feira, 2 de abril de 2018

Análise Histórica de "Os Canhões de Navarone"

 

Os Canhões de Navarone - Uma Missão Suicida na Grécia

 
Os Canhões de Navarone é um filme anglo-americano de 1961, dirigido por J. Lee Thompson e estrelado por Gregory Peck, David Niven, Anthony Quinn, Stanley Baker, Anthony Quayle, James Darren, Irene Papas, Gia Scala e James Robertson Justice. O filme conta a história fictícia de uma tropa anglo-americana, durante a Segunda Guerra Mundial, que é despachada para uma ilha grega ocupada pelos alemães, onde devem destruir dois enormes canhões navais que impedem a retirada de tropas aliadas presas na ilha vizinha. O filme é um verdadeiro clássico e muito bem dirigido. Em geral as atuações são boas, a música é excelente e as cenas de ação são bem trabalhadas, mas muito exageradas. Um filme recomendável que vale a pena ver várias vezes. Bom cinema para vocês!
 
 
 
 

A Campanha de Deodecaneso - A Última Grande Vitória dos Alemães contra os Aliados

Em 1943, os alemães estavam sendo derrotados em todas as frentes de batalha. Foram expulsos da África, estavam sendo pressionados na Itália e tendo imensas perdas contra a avalanche soviética. Aproveitando esse caos nas forças alemãs, os ingleses queriam abrir uma nova frente de combate nas ilhas gregas para então invadir a Grécia e apoiar a resistência iugoslava antes da chegada dos soviéticos. Porém, os americanos não se interessaram e se focaram mais na futura invasão da França. Sozinhos, os ingleses planejaram tudo às pressas e decidiram invadir as Ilhas do Deodecaneso com o objetivo de usa-las para invadir a Grécia. Em 8 Setembro, os ingleses iniciaram a campanha e tomaram todas as ilhas sem enfrentar a resistência das guarnições italianas, que rapidamente se juntaram aos ingleses para defender as ilhas. Mas, os alemães reagiram rapidamente e em poucos dias retomaram a maioria das ilhas e infrigiram enormes perdas para os ingleses e os italianos. Em 22 Novembro, o comando britânico ordenou uma retirada e a campanha foi declarada um desastre para os ingleses. As Ilhas do Deodecaneso ficariam sobre controle alemão até o fim da guerra.
 
 
 

Os Comandos Britânicos

Estabelecidos em 1941, os comandos britânicos eram uma unidade de elite do exército britânico com o objetivo de enfraquecer e desmoralizar o poderoso Terceiro Reich que os nazistas estabeleceram por boa parte da Europa e África. Altamente treinados para missões perigosas, atrás das linhas inimigas, os comandos eram formados por soldados veteranos e experientes e que também não demonstravam medo de serem mortos pelo inimigo. O número de indivíduos por grupo variava, mas já existiram grupos que tiveram mais de 400 homens para grupos que tiveram somente 6 membros. Usavam armas simples, mas boas o suficiente para causar medo e confusão no inimigo. Causaram bastante estrago nos alemães até o fim da guerra. Depois da Segunda Guerra, a unidade foi dissolvida, mas seus membros sobreviventes foram despachados para outros grupos especiais que estavam sendo formados na força aérea e na marinha britânica.
 
 
 

O E-Boat - O Barco Patrulha dos Alemães

 
Os E-Boats eram pequenas lanchas motorizadas que os alemães usaram para patrulhar territórios ocupados e também como lançadores de torpedos ou caça-submarinos. Tinham uma tripulação de 5 a 7 homens, possuíam duas metralhadoras leves, quatro lança-torpedos e seis cargas de profundidade. Eram rápidos e difíceis de serem acertados por navios maiores. Foram bastante usados na Noruega e nas ilhas gregas contra equipes de comando que frequentemente invadiam esses territórios para lançar ataques contra bases dos alemães.
 
 

A Resistência Grega - O Pesadelo dos Alemães

 
Estabelecida em 1941, logo após a queda da Grécia diante da invasão alemã, a resistência grega seria uma das guerrilhas mais violentas contra o nazismo e a mais dividida ideologicamente. Recebendo a ajuda de oficiais britânicos e armas americanas, os gregos montavam emboscadas, assassinavam oficiais alemães ou lançavam pequenos ataques contra bases inimigas, com apoio dos comandos britânicos. Usavam qualquer arma que recebiam ou roubavam dos alemães e eram grandes atiradores. Os alemães que ocuparam a Grécia e suas ilhas sofreram muitos anos de guerrilha até a retirada nazista do país em 1944. Porém, os gregos também brigavam entre si de vez em quando. Existiam dois grupos de rebeldes: os conservadores-liberais e os comunistas. Cada grupo atuava em áreas diferentes como cidades e zonas rurais. Quando os alemães saíram da Grécia, tropas britânicas rapidamente foram enviadas para ajudar um novo governo. Porém, ambos os grupos se desentederam e uma longa guerra civil teve início.
 
 

Bibliografia: