terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Análise Histórica de "Patton - Rebelde ou Herói"

 

"Patton" - O General Mais Agressivo e Polêmico da Segunda Guerra

 
"Patton - Rebelde ou Herói" é um filme americano de 1970, dirigido por Franklin J. Schaffner e estrelado por George C. Scott e Karl Malden. O filme se foca na verdadeira história do general americano mais agressivo, genial e controverso da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O filme é uma obra-prima de guerra e mostra com perfeição todos os atos e feitos desse general americano. A cinematografia é espetacular, as cenas de batalhas são incríveis e as atuações de todos, principalmente de George C. Scott, são fenomenais. O filme foi vencedor de 7 Oscars, incluindo de Melhor Filme e de Melhor Roteiro (roteiro escrito por Francis Ford Coppola). Filme obrigatório para aqueles que amam filmes clássicos e épicos de guerra.
 
 
 

George S. Patton - O General que Metia Medo nos Alemães

 
Nascido na Califórnia em 1885, George S. Patton imediatamente se mostrou um homem forte e inteligente. Entrou na academia militar de West Point e participou da Primeira Guerra Mundial como tenente de um batalhão francês de tanques. Após a Grande Guerra, Patton ficou na reserva até 1942, onde acabou despachado para o Norte da África com o objetivo de administrar as forças coloniais francesas para futuros combates na França. Por causa de algumas derrotas na Túnisia, o alto-comando americano acabou convocando o general para liderar as tropas americanas contra as poderosas defesas alemãs na região. Se mostrando um gênio tático e agressivo, em pouco tempo Patton se tornou uma lenda e a maior ameaça que os alemães jamais imaginavam que enfrentariam. Mesmo sendo agressivo no campo de batalha ou na vida de seus soldados, Patton era um homem culto. Adorava ler livros de História. Sabia falar várias línguas, principalmente francês. E nos poucos momentos de calmaria, dirigia pelos campos de batalha atrás de ruínas de outras batalhas históricas. Acabou morredo em 21 de Dezembro de 1945 num acidente de carro na Alemanha, dias antes de voltar para casa.
 
 

 

Omar Bradley - O General Calmo e Passivo

 
Omar Nelson Bradley foi um general americano da Segunda Guerra Mundial e grande amigo de George Patton. Nascido no Missouri em 1893, Omar logo ganhou interesse nas forças armadas e se formou na Academia de West Point junto com George Patton. Serviu com Patton na Primeira Guerra Mundial e ambos ganharam uma conexão militar fenomenal. Já na Segunda Guerra, foi Omar que recomendou a vinda de Patton no teatro europeu para comandar as tropas americanas. Calmo e passivo, o oposto de Patton, Omar também se mostrou um grande líder político. Mesmo tendo grandes discussões estratégicas com Patton sobre algumas batalhas, no fim da guerra ambos continuavam amigos. Após a morte acidental de Patton, Omar continuou servindo nas forças armadas americanas até 1953. Omar escreveu a biografia sobre Patton e ainda ajudou a produzir o filme analisado aqui. Omar Bradley morreu em 1981 de ataque cardíaco após receber uma medalha de herói da Segunda Guerra em Nova York.
 
 
 
 

Erwin Rommel - O Melhor General Alemão da Segunda Guerra

 
Erwin Rommel nasceu em 1891 na Alemanha e lutou nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Quando Hitler tomou o poder em 1933, Rommel, um coronel de infantaria na época, foi escolhido para comandar a guarda pessoal do ditador até 1940. Nesse ano Rommel foi promovido a general e comandou uma divisão blindada na França, onde ganhou o apelido de "comandante fantasma." Depois da queda da França, Rommel foi despachado para o Norte da África para apoiar as tropas italianas de Benito Mussolini, que estavam sendo assediadas por tropas britânicas. Seria nessa longa luta no Norte Africano que Rommel ficaria super famoso pelo mundo como a Raposa do Deserto. Quando Patton chegou na Tunísia em 1943, este queria muito enfrentar e derrotar Rommel numa grande batalha de blindados. Porém, Rommel acabou ficando doente e escapou antes de enfrentar o seu rival americano, que era um grande admirador das táticas do já promovido marechal alemão. Em 1944, Rommel comandaria as defesas da Itália e da França, mas acabaria ferido num ataque aéreo aliado perto de Paris. Fez parte do complô para matar Hitler e assinar um acordo de paz com os aliados, mas acabou sendo forçado a se matar para proteger sua família em 1944. Depois da guerra, foi homenageado por seus adversários e acabou virando um herói nacional na Alemanha na sua luta contra o nazismo de Hitler. Suas táticas de combate são usadas até hoje por vários exércitos.
 
 


 

Arthur Coningham - O Anjo da Guarda de Patton

 
Arthur Coningham nasceu em 1895 na Austrália e se tornaria o Marechal do Ar durante a Segunda Guerra Mundial. Arthur seria o único oficial britânico a ter uma excelente parceria com o general Patton durante a luta contra os alemães. Foi graças a Arthur, que Patton pôde obter grandes vitórias terrestres e de também fazer um rápido avanço por parte da França até a fronteira da Alemanha. Após a guerra, Arthur continuou no comando da Força Aérea Real Britânica até 1947. No ano seguinte, Arthur desapareceu misteriosamente quando sobrevoava o famoso Triângulo das Bermudas. Seu corpo nunca foi achado.
 
 
 

O Heinkel 111 - O Principal Bombardeiro Alemão da Segunda Guerra

 
O bombardeiro alemão mais famoso da Segunda Guerra foi o Heinkel He 111. Criado para ser o principal bombardeiro dos alemães, o He 111 acabou se tornando um avião multi-uso. Podia ser usado para transporte, reconhecimento e até como torpedeiro. Também o foi o primeiro avião a lançar um míssil na História. Mesmo com uma blindagem pesada e um armamento razoável, o He 111 era muito lento e fácil de ser abatido nos seus motores. Após a Segunda Guerra, muitos He 111 ainda seriam usados por várias nações como França e Espanha até 1973.
 
 
 

Alfred Jodl - O Homem que Caçou Patton

 
Nascido em 1890 na Alemanha, Alfred Jodl foi um cruel e inteligente general alemão da Segunda Guerra Mundial. Extremamente leal ao nazismo, Alfred logo se destacou como um grande líder militar durante as Campanhas da Noruega (1940) e da França (1940). Depois da queda da França, Jodl foi escolhido por Hitler para caçar e eliminar qualquer grupo de resistência na França. Ele mataria centenas de guerrilheiros e depois seria transferido para outras regiões da Europa para destruir outros grupos de guerrilha. Em 1943, Jodl recebeu uma tarefa especial do alto-comando alemão (OKW), ele deveria investigar e achar um jeito de derrotar o temível general americano George Patton. Até o fim da guerra, Jodl tentaria achar um jeito de derrotar Patton, mas fracassou. Após a guerra, Jodl foi capturado e julgado por crimes de guerra em Nuremberg. Acabou enforcado em 1946.
 
 
 

A Batalha de El Guettar - Patton vira o Jogo contra os Alemães na Tunísia

 
A Batalha de El Guettar foi uma longa e confusa batalha de tanques durante a campanha da Tunísia em 1943. Após a horrível derrota na Passagem de Kasserine, os americanos, agora comandados por Patton, montaram uma emboscada para o Afrika Korps (AK), força de elite do exército alemão na África, para deter a ofensiva alemã de uma vez por todas. Se posicionando num vale bem aberto e quase plano, Patton esperou a chegada dos alemães e soltou todo o seu poder de fogo contra o inimigo. Porém, os alemães conseguiram resistir a emboscada e tentaram várias vezes destruir as posições americanas. Depois de vários dias de combates, ambos os lados abandonaram El Guettar pelas enormes perdas que sofreram e a batalha terminou empatada. A ofensiva alemã perdeu força, mas os americanos falharam em destruir o infame AK de uma vez por todas e aliviar os britânicos que avançavam mais pelo sul.
 
 
 

Bernard Montgomery - O Rival de Patton

 
Bernard Montgomery, ou também chamado de Monty por seus colegas, nasceu na Inglaterra em 1887 e na Segunda Guerra Mundial seria o general britânico mais famoso do conflito. Após suas incríveis vitórias na África, Montgomery foi bem recebido pelo alto-comando americano como um importante aliado para a libertação da Europa. Porém, ele acabou virando o rival de Patton, que o considerava metido e teimoso em algumas decisões militares. Mesmo sendo um gênio militar, Monty também sofreu algumas derrotas como na Sicília, para Patton, e na Holanda, onde os aliados foram brutalmente detidos pelas defesas alemãs. Após a guerra, Monty continuou no comando do exércidto britânico e nos anos 1950 se tornaria o comandante das forças da OTAN até 1958. Ele morreu de causas desconhecidas em 1976.
 
 
 

A Tomada de Palermo - Patton Destrói o Exército Italiano

 
Quando os aliados invadiram a Sicília em julho de 1943, Patton teve que aguentar os mais pesados contra-ataques alemães para proteger o avanço britânico no leste da ilha. Mas, quando os britânicos ficaram presos numa brutal guerra de atrito, Patton decidiu abandonar seu aliado e correu para capturar a capital da ilha, Palermo, e dominar o oeste da ilha. Em cinco dias de rápidos avanços, Patton varreu do mapa o exército italiano que defendia o oeste da ilha. Quando alcançou Palermo, encontrou a cidade em comemoração pela libertação dos aliados contra as forças facistas de Mussolini. Patton ficaria pelo menos uma semana em Palermo, planejando suas próximas operações enquanto os britânicos continuavam com uma lenta e árdua luta pelo leste da ilha.
 
 
 
 

A Batalha de Brolo - Os Alemães Quase Derrotam Patton

 
Após tomar Palermo, Patton recebeu ordens do alto-comando aliado para rumar para o leste com o objetivo de apoiar o avanço britânico para Messina. Porém, Patton desobedeceu a ordem e avançou sozinho pelo litoral norte da Sicília até alcançar a linha de defesa alemã em Brolo. Foi nesse local onde Patton lançou uma operação anfíbia para cercar as defesas alemãs em Brolo e causar o maior estrago possível no inimigo. A operação foi quase um sucesso, mas, os alemães começaram a evacuar a Sicília por Messina e abandonram várias defesas poderosas que poderiam ter detido o rápido avanço de Patton.
 
 
 
 







A Tomada de Messina - Patton vence a Corrida

 
Messina era o principal alvo dos aliados, pois sua captura cortaria a única de rota de fuga dos alemães da ilha para o continente italiano. Porém, os alemães usaram as montanhas ao redor do Monte Etna para estabelecer uma poderosa linha de defesa que seguraria os aliados por algumas semanas enquanto a maioria dos alemães escapava com segurança pelo Estreito de Messina para a Itália. Por causa dessa evacuação alemã, Patton e Monty fizeram uma custosa corrida com o objetivo de ver quem foi o melhor general da campanha. Patton ganhou com a captura da cidade em 16 de Agosto de 1943 e humilhou Monty. Assim finalizava a campanha da Sicília.
 
 

 

 

 



A Operação Cobra - Os Aliados saem da Normandia

 

Em Julho de 1944, os americanos lançaram a Operação Cobra, com o objetivo de romper as defesas alemãs na Normandia e facilitar a libertação do resto da França. Após intensos combates, a cidade de St. Lô caiu para os americanos e a linha alemã acabou rompida. Nos dias seguintes, os americanos libertaram quase metade da França em uma semana e avançaram para libertar Paris. Os alemães sofreram imensas perdas.
 
 
 
 

O Cerco de Metz - O Pesadelo de Patton

 
Em setembro de 1944, Patton estava quase alcançando a fronteira alemã quando foi detido por uma formidável fortaleza francesa: Metz. Os alemães haviam melhorado as defesas francesas que cercavam a fortaleza e impediram o rápido avanço americano para a Alemanha. Patton tentou tomar Metz num ataque direto, mas acabou fracassando. Foi forçado a montar um longo cerco que só terminou em dezembro com a queda de Metz. Porém, as perdas americanas foram tão altas que o próprio general teve que cancelar a invasão da Alemanha por algum tempo. Também foi uma das poucas batalhas que Patton ficou chocado com o alto número de perdas humanas.
 
 
 

A Campanha do Saar - Patton Invade a Alemanha

 
Após a queda de Metz, Patton, desobedecendo ordens do comando aliado, invadiu o sul da Alemanha pelo Vale do Saar e chegou até a poderosa Linha Siegfried. Enfrentando uma fanática defesa alemã, Patton foi forçado a parar seu avanço diante da poderosa linha alemã. Para piorar, acabou cancelando o resto da campanha para ajudar as tropas americanas na Bélgica a derrotarem uma enorme ofensiva alemã lançada na região. Se o comando aliado não tivesse pressionado tanto Patton, talvez o general americano até mesmo conseguiria chegar a Berlim pelo sul antes dos soviéticos.
 
 
 

O Cerco de Bastogne - A Última Grande Batalha de Patton

 
O Cerco de Bastogne teve início em 20 de Dezembro de 1944, 4 dias depois do início da ousada ofensiva alemã das Ardenas. Quando os alemães alcançaram a cidade belga, eles encontraram uma ousada defesa americana, na forma de uma divisão paraquedista e de um batalhão de tanques. Após incessantes ataques, os alemães decidiram cercar a cidade e forçar os americanos a se renderem com a falta de água e de comida. Aproveitando a paralização alemã, Patton lançou um grande contra-ataque na retaguarda dos alemães e em três dias de incessantes combates, alcançou e levantou o cerco de Bastogne. Em desespero, os alemães abandonaram sua ofensiva e retornaram para a Alemanha derrotados e acabados.

 
 





Bibliografia: