quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Análise Histórica de "Ran"

 

Ran - Uma Obra de Shakespeare no Japão

 
 
Ran é um filme japonês/francês de 1985, dirigido pelo incrível Akira Kurosawa e estrelado por grandes nomes do cinema japonês: Mieko Harada, Tatsuya Nakadai, Akira Terao, Jinpachi Nezu, Daisuke Hyu e Hisashi Ikawa. O filme é uma adaptação da obra "Rei Lear" de Shakespeare, onde um poderoso senhor feudal divide suas terras com seus três filhos, que planejam cada um trair o outro e se tornar o líder supremo de todas as terras. O filme é um obra-prima. Obrigatório. Todas as cenas são incríveis e fortes. Um filme que vale a pena ver mais de uma vez pelas cores que Akira Kurosawa utiliza dependendo de cada situação. A música é sensacional, uma mistura da música japonesa com uma música europeia. Recomendável!
 
 
 

O Japão Feudal

 
Por quase 200 anos, o Japão viveu um período de total isolacionismo com o resto do mundo. Nessa época, cada região da ilha japonesa era administrada por poderosos senhores feudais, bem parecidos com os senhores feudais europeus, que lutavam constantemente por novas terras e influência no governo do Xogum. Também foi uma época onde samurais sem mestres, os chamados Ronins, perambulavam pelas estradas atrás de bandidos. O Japão Feudal foi muito diferente em comparação ao período feudal na Europa. Duraria até 1860, com a abertura dos portos japoneses para as nações ocidentais.
 
 
 

Os Poderosos Daimios

 
Os Daimios eram poderosos senhores feudais do Japão e possuíam uma grande influência na política japonesa. Também brigavam por terras contra outros daimios ou por rivalidades entre os diferentes clãs. Tinham enormes exércitos de samurais, que obedeciam a eles de forma fanática e até a morte. Aqueles que dominavam mais de um província, eram chamados de fudai-daimios. Eles desapareceriam durante a Revolução Meiji em 1860.
 
 
 

Os Castelos Japoneses

 
Os castelos japoneses eram construções formidáveis. Suas muralhas eram curvadas para impedir que o inimigo escalasse com escadas. Cada castelo era fortemente defendido por pequenas "vilas" onde os criados do daimio e seus samurais viviam. O prédio principal sempre ficava no meio de um pátio e possuía de 5 até 10 andares. Os corredores eram feitos iguais para confundir os seus invasores. Também fossos eram construídos para dificultar as operações de cerco. Por muitos anos, esses castelos eram quase impossíveis de serem capturados. Porém, tudo mudou quando os japoneses introduziram canhões pesados, de origem holandesa, para facilmente destruir suas muralhas e conquistar com rapidez essas importantes estruturas. Há ainda alguns desses castelos no Japão, atualmente usados como museus ou templos.
 
 
 

O Arcabuz no Japão

 
 
O arcabuz era um tipo de fuzil, bastante usado na Europa, e acabou sendo introduzido no Japão quando exploradores portugueses chegaram ao território nipônico. Rapidamente, os japoneses copiaram o modelo europeu e fabricaram milhares dessas armas. Disparavam um único tiro e demoravam vários minutos para serem recarregadas. Os japoneses criaram unidades especiais dentro dos samurais, especializadas nesse tipo de arma. Foram usadas até 1877 até serem substituídas por rifles de repetição dos EUA.
 
 
 

Os Samurais - Os Mais Letais Guerreiros da História

 
 
Os samurais era uma classe de guerreiros altamente treinados e muito bem armados. Por quase 500 anos, eles lutaram e sangraram para proteger suas terras de ameaças internas e externas. Eram extremamente leais ao imperador e ao xogum (líder supremo militar) e seguiam o código do bushido (que dizia que nunca poderiam se render ou serem capturados com vida. Lutavam até a morte ou cometiam suicídio). Eram armados com várias armas diferentes, mas a principal era a poderosa espada katana que podia cortar qualquer coisa com facilidade. Usavam armaduras bem coloridas e estruturadas para combate. Possuíam várias unidades de combate e formações de batalha. Foram a principal força militar do Japão até 1877 quando acabaram sendo aniquilados pelo recém-criado exército imperial.
 
 
 

Bibliografia:















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