sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Análise Histórica de "O Mais Longo dos Dias"

 

O Mais Longo dos Dias - Um "Documentário" sobre o dia mais importante da Segunda Guerra.

 
O Mais Longo dos Dias é um filme americano de 1962, dirigido por Ken Annakin, e tendo um imenso elenco de grandes celebridades do cinema. Temos John Wayne, Robert Wagner, Sean Connery, Richard Burton, Henry Fonda, Paul Anka, Robert Mitchum, George Segal e Rod Steiger. O filme é mais um documentário sobre todos os passos que os aliados fizeram durante todo o Dia-D do que um filme de guerra em si. Mesmo preto e branco, o filme é impressionante até hoje com suas cenas de guerra realistas e possui até mesmo um pouco de humor para mostrar que a guerra não é só desgraça. Também tenha paciência, pois o filme é de quase 3 horas e é bem detalhado sobre todos os eventos que aconteceram naquele dia. Obrigatório e necessário para quem gosta muito de filmes de guerra e documentários militares.
 
 
 

O Desembarque Americano na Praia Utah

 
Diferente do que aconteceu em Omaha, o desembarque americano em Utah foi mais rápido e mais fácil. Mesmo encontrando pesadas defesas alemãs, a maioria das tropas germânicas era de origem "oriental" (turcos, russos, georgianos, indianos, coreanos e até japoneses). Por causa desse detalhe, as tropas "orientais" eram mal treinadas e despreparadas para um ataque desse tamanho. Depois de alguns combates na praia e pelo menos 100 mortos e feridos, os americanos romperam essas defesas e se conectaram com os paraquedistas americanos que estavam isolados na retaguarda alemã, só esperando por reforços para deter futuros contra-ataques inimigos.
 
 
 

O Desembarque Inglês na Praia Gold

O desembarque na praia Gold (Dourada) foi rápido e bem preciso. Graças ao poder naval aliado, boa parte das defesas alemãs estava destruída. Mesmo sofrendo 1000 baixas, os britânicos avançaram com grande velocidade e estabeleceram uma larga e bem protegida cabeça de praia.
 

 

 

O Desembarque Canadense na Praia Juno

 
Enquanto os britânicos desfrutavam de um rápido desembarque na praia Gold, os canadenses tiveram que enfrentar uma defesa poderosa dos alemães e sofreram grandes baixas. Depois de várias horas de combate, os canadenses romperam as defesas alemãs e avançaram por alguns quilômetros até serem forçados a recuar para suas posições atuais por um ousado contra-ataque alemão com tanques que quase dizimou a tropa canadense que havia desembarcado de início. Tal desastre acabou sendo evitado graças ao poder aéreo e naval aliado que forçou os tanques alemães a recuar para Caen.
 
 
 

O Desembarque Britânico na Praia Sword

 
O último desembarque aliado foi na Praia Sword (Espada). Os britânicos enfrentaram poucas defesas e rapidamente se conectaram com os paraquedistas que haviam sido lançados horas antes na região. Porém, por erros táticos, os britânicos fracassaram em capturar a cidade de Caen, capital da Normandia, e acabaram entrando numa longa e árdua batalha pelo controle da cidade. Foi também nesse desembarque, que os aliados sofreram o único ataque aéreo alemão, quando dois caças BF 109 fizeram um rasante na praia, mas não atingiram ninguém e logo recuaram por falta de munição.
 
 
 
 

A Resistência Francesa no Dia-D

 
Durante o Dia-D, a resistência francesa foi essencial para a vitória aliada nas praias da Normandia. Os franceses sabotavam postes de comunicação, atacavam comboios alemães e destruíam linhas ferroviárias para impedir a mobilização de reforços alemães. Em algumas cidades e vilas da Normandia, a população pegou em armas e até forçou as guarnições alemãs a se render ou abandonar o local. Isso acabou favorecendo bastante o rápido avanço aliado pelo interior da França.
 
 

 

A Importante Ponte Pégaso

 
Horas antes do Dia-D, uma tropa de 80 comandos britânicos e engenheiros, aterrissou de planadores na região do Rio Orne e tinham como objetivo a captura de uma pequena ponte, chamada de Pégaso. Essa ponte era essencial para os britânicos acessarem o Canal de Caen e avançar para a cidade por uma rota mais plana e menos pantanosa. Também era a única rota onde reforços alemães podiam atravessar o rio e alcançar as praias onde os aliados estariam desembarcando. Mesmo surpreendendo a guarnição alemã, os comandos sofreram grandes baixas, mas conseguiram capturar a ponte intacta. Durante o Dia-D, os comandos restantes resistiram há vários contra-ataques alemães até a chegada de reforços vindos da Praia Sword. Com a ponte em mãos, o caminho estava aberto para Caen.
 
 
 

A Batalha por Saint Mere Eglise

 

Em 5 de junho de 1944, um dia antes do Dia-D, paraquedistas americanos da 82a Divisão, aterrissaram nos arredores da vila de Saint Mere Eglise, durante um incêndio na igreja da vila e entraram num longo e confuso combate com tropas alemãs, que estavam tentando apagar o fogo da igreja e acabaram surpreendidas por essas tropas aliadas. Durante toda a noite até o dia seguinte, americanos e alemães lutaram casa-por-casa e rua-por-rua até os primeiros finalmente dominarem a vila, a primeira da França a ser libertada. Durante todo o Dia-D, os alemães receberiam reforços, com alguns tanques, e tentariam retomar a vila várias vezes. Mas, graças a resistência americana, os alemães acabaram derrotados e recuaram para a vila de Carentan, mais ao sul. Horas depois, as primeiras tropas americanas, vindas de Utah, chegaram e se conectaram com os paraquedistas na vila.
 

 

A Batalha pelo Ponto Du Hoc

 
Ao mesmo tempo que os aliados desembarcavam nas principais praias da Normandia, uma tropa de 225 rangers americanos atacava uma posição fortificada alemã no rochedo conhecido como Ponto Du Hoc. O objetivo dos americanos era de neutralizar seis canhões navais alemães que podiam atingir os transportes americanos nas praias vizinhas. Encontrando uma fanática resistência alemã, os rangers tiveram que escalar o rochedo com cordas e depois eliminar todas as fortificações alemãs na área. Mas, havia um porém, os canhões que os rangers deveriam destruir nunca haviam sidos instalados no local. Após a captura do Ponto, os rangers ainda tiveram que aguentar um curto cerco de 3 dias até reforços chegarem e expulsarem os alemães da região. Dos 225 homens que atacaram o rochedo, só 90 sobreviveram.
 
 

 

 

A Batalha de Ouistreham

 
 
Quando os britânicos desembarcaram na Praia Sword, dois batalhões de comandos franceses desembarcaram juntos e avançaram para Ouistreham, uma cidade localizada na "boca" do Canal de Caen. Lá os alemães tinham ainda um canhão naval operacional e escondido dentro do cassino da cidade. Se aproximando em duas direções diferentes, os franceses surpreenderam a guarnição alemã e rapidamente cercaram o cassino. Porém, os alemães possuíam um canhão antitanque e algumas baterias antiaéreas que causaram pesadas baixas aos franceses até esses receberem a ajuda de um tanque britânico que destruiu o cassino e neutralizou as defesas alemãs. Com essa vitória, o flanco direito da Normandia estava livre de qualquer ameaça de canhões navais na região.
 
 
 
 

A Força Aérea Alemã Durante o Dia-D


A presença da Força Aérea Alemã na Normandia era totalmente nula. Meses antes, os aliados lançaram um longa campanha aérea para destruir a frota aérea alemã concentrada na França e facilitar os desembarques no litoral francês. Durante todo o Dia-D, os aliados não sofreram nenhum ataque aéreo alemão, mas na Praia Sword dois caças alemães BF-109 atacaram as tropas que desembarcavam na praia, mas não atingiram ninguém antes de recuar para Paris. Pelo resto do dia, os céus da França estariam sob o controle total dos aliados.
 
 

Bibliografia:



 

 





 



 



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