quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Análise Histórica de "O Patriota"

 

O Patriota - O Nascimento de uma Nação

 
O Patriota é um filme americano/alemão de 2000, dirigido por Roland Emmerich e estrelado por Mel Gibson, Heath Ledger, Joely Richardson e Chris Cooper. O filme conta a história real de um fazendeiro americano, Francis Marion, que acaba sendo puxado para dentro da Revolução Americana e inicia uma violenta luta contra os ingleses. O fime possui uma cinematografia fantástica e excelentes cenas de batalha. Como tradição em todo o filme de Mel Gibson, a violência é bem explícita e pesada. Algumas cenas são bem tristes e não recomendáveis para quem tem estômago fraco. Assim mesmo, as atuações são fantásticas e a música é boa. Recomendável para aqueles que gostam de história mais antiga e que não ligam para a violência mostrada no filme. Muito bom mesmo!
 

 

A Revolução Americana

 
A Revolução Americana foi uma guerra de independência das colônias inglesas na América do Norte contra o controle do Império Britânico. De 1775 até 1783, os colonos, conhecidos como americanos, lutaram uma longa guerra para expulsar tropas inglesas que haviam sido enviadas para a colônia a fim de esmagar várias revoltas civis após o governo inglês aumentar os impostos da região na produção de chá. As batalhas foram violentas e pesadas e de início parecia que os ingleses facilmente venceriam a luta. Porém, usando táticas de guerrilha e conhecendo melhor o terreno do que os ingleses, os americanos acabaram virando a luta contra seus inimigos e com a chegada de navios franceses, estes finalmente venceram os ingleses e obtiveram sua independência.
 
 
 
 
 

O Primeiro Exército Americano - O Exército Continental

 
Logo após a declaração da Independência Americana, em 1775, o novo governo americano criou uma força militar temporária para enfrentar o exército de elite dos ingleses que estava vindo esmagar essa revolta. Formado por milicianos e alguns poucos veteranos da Guerra dos Sete Anos, o chamado Exército Continental, era uma mistura de soldados, bandidos e fazendeiros. De início, o exército sofreu horríveis derrotas contra os ingleses em combate direto. Mas, quando táticas de guerrilha começaram a ser usadas, os americanos perceberam que os ingleses não tinham uma forma definitiva para conter esses ataques. Pelo resto da guerra, o exército continental foi usando tais táticas e vencendo uma luta após a outra até a derrota final dos ingleses em Yorktown. Depois da guerra, em 1783, o exército continental foi dissolvido. Alguns anos depois, em 1796, era estabelecida a base do que seria o futuro Exército Americano.
 

 

 

 

O Cerco de Charleston

 
Após uma campanha desastrosa nas colônias nortenhas americanas, os ingleses mudaram seu foco contra as colônias sulistas americanas, menos defendidas e que ainda demonstravam apoio aos ingleses. Em 1780, uma tropa inglesa cercou a cidade portuária de Charleston, na Carolina do Sul, por seis semanas, até finalmente forçar a guarnição da cidade a se render, por falta de munição e comida. Até hoje é considerada a pior derrota americana em toda a Revolução.
 
 
 

A Letal e Temível Cavalaria Dragoon

 
A Cavalaria Dragoon era na verdade uma unidade de infantaria montada que tinha o objetivo de atacar os flancos expostos do inimigo numa batalha em campo aberto. Também eram treinados para desmontar e atacar como infantaria normal contra posições fortificadas quando não havia outro modo de flanquear o inimigo. Durante a Revolução Americana, várias unidades Dragoons foram utilizadas com o objetivo de não só flanquear, mas também para atacar o inimigo durante uma retirada, missões de reconhecimento e ataques contra as linhas de suprimento do inimigo. Seus homens eram muito bem treinados e de origem nobre. Algumas unidades não cooperavam com a infantaria ou artilharia. Mas, eram leais ao Império Britânico.
 
 
 
 
 
 

Quem foi Horatio Gates?

 
 
Horatio Lloyd Gates foi um oficial britânico que se uniu aos americanos e lutou durante a Revolução Americana. Horatio Gates, mesmo sendo um dos heróis da Revolução, sempre foi visto por várias controvérsias ao longo do conflito. Gates substituiu George Washignton após a declaração de independência americana no comando das forças continentais em 1777. Também ficou famoso pela grande vitória americana em Saratoga contra os ingleses, mas que ainda hoje é cercada de polêmica pelas decisões que tomou durante a batalha. Por fim, Gates teve sua carreira acabada de vez após a desastrosa Batalha de Camden contra os ingleses em 1780. Diferente do filme, que mostra Gates ainda liderando o exército continental até a derrota inglesa, na vida real, Gates foi retirado do comando das tropas americanas e mandado para a reserva pelo resto da guerra. Morreria de causas naturais em 1806 após um curto ano como líder legislativo do Estado de Nova York.
 
 
 
 
 

A Desastrosa Batalha de Camden

 
Logo após a perda de Charleston, os americanos tentaram se reagrupar em Camden. Os ingleses perceberam as intenções americanas e despacharam 2100 soldados veteranos para destruir essa ameaça. A tropa americana tinha 4000 homens, mas muitos eram civis que não tinham nenhum treinamento para a guerra. O resultado foi um desastre para os americanos que perderam centenas de homens, armas pesadas acabaram sendo capturadas e os ingleses abriram uma nova oportunidade para alcançar a capital dos revolucinários em Washignton D.C., pelo sul.
 
 
 
 
 
 

A Milícia Americana

 
A milícia americana já exista muito antes da Revolução começar, como uma tropa avançada contra as tribos indígenas da região. Durante a Revolução, a milícia não teve tanto uso contra os ingleses que eram bem mais preparados e armados que os milicianos. Porém, tudo mudou após a Batalha de Camden, quando um homem chamado Francis Marion criou uma nova milícia, com o intuito de deter o avanço inglês e quebrar a moral de seus soldados. Atuando em pequenos grupos, os milicianos atacavam acampamentos, comboios de suprimentos e depósitos de munição. Seus ataques causaram grandes estragos nos ingleses que não estavam preparados para enfrentar tal força. Graças a esses atos heróicos, os ingleses pararam sua ofensiva pelo sul das colônias e se posicionaram em Cowpens para tentar destruir de vez essa força que atormentava sua invasão dos Estados Unidos.
 
 

 

 

Quem foi Francis Marion?

 
Francis Marion foi um oficial americano que lutou na Revolução e criou a temível Milícia Americana, que ajudou a derrotar os ingleses, e é considerado um dos grandes heróis dos Estados Unidos. Por causa de suas táticas irregulares de combate, muitos historiadores consideram Francis Marion o criador da guerrilha. Por causa de seus ataques contra os ingleses acabou ganhando o apelido "A Raposa do Pântano", pois era tão rápido quanto uma raposa durante um ataque contra os ingleses que logo desaparecia no campo aberto sem ser visto. Graças a essas táticas Francis acabou ajudando os EUA a derrotar o temível Império Britânico e criar a base para os futuros "Boinas Verdes", uma unidade de elite do Exército Americano, especializada em guerrilha. Morreu de causas naturais em 1795
 
 
 
 

 

 

Quem foi Charles Cornwallis?

 
Charles Cornwallis foi o principal general inglês durante a Revolução Americana. Era um gênio militar e político. Soube administrar seu exército em território hostil e também ajudou a população local com benefícios caso entregassem a localização dos revoltosos. Foi imbatível em combate até a Batalha de Cowpens, que decidiu o resto da guerra e que deixaria Cornwallis num estado de depressão até o fim da sua vida. Cornwallis colocou a culpa de sua derrota na milícia de Francis Marion. Cercado em Yorktown, em 1781, Cornwallis aceitou a derrota e se rendeu para os americanos, terminando a campanha terrestre da guerra. Depois desse desastre, Cornwallis retornaria para a Inglaterra e seria enviado para governar a Índia. Porém, mal chegou à colônia inglesa, pegou uma horrível febre e faleceu em 1805. Mesmo derrotado, as táticas de combates e as políticas de Cornwallis continuariam em uso por boa parte do século 19.
 
 
 
 
 

A Batalha de Cowpens - Os Ingleses Batem em Retirada

 
A Batalha de Cowpens foi o ponto de virada dos americanos contra os ingleses na Revolução Americana. Em 17 de Janeiro de 1781, o exército inglês de Charles Cornwallis avançava sem sofrer uma derrota sequer pelas colônias sulistas americanas, com o intuito de atacar Washington D.C. pelo sul. Depois de meses sofrendo ataques da milícia americana de Francis Marion, Cornwallis alcançou o ponto máximo de seu avanço, a comunidade de Cowpens, na Carolina do Sul. Lá, o exército continental, liderado pelo general Daniel Morgan, estava acampado no local, esperando para confrontar os ingleses. A batalha começou quando a milícia de Francis atacou as linhas inglesas e logo se retirou para o topo de uma colina. A cavalaria Dragoon não perdeu tempo e perseguiu a milícia americana, acompanhada de metade da infantaria inglesa. Quando os ingleses alcançaram o topo, foram surpreendidos pelo exército de Morgan que logo lançou um contra-ataque e causou um enorme caos nas forças inglesas. Para piorar, reforços americanos vindos do norte atacaram o flanco do exército inglês e isso forçou Cornwallis a desistir da luta e recuar para Yorktown com o que restava de seu exército. No filme, Francis Marion participa da luta, mas não há documentos que revelam se o líder da milícia realmente lutou nessa batalha.
 
 
 
 
 
 

O Cerco de Yorktown - Termina a Guerra Terrestre

 
O Cerco de Yorktown foi a última batalha terrestre da Revolução Americana e resultou na derrota definitiva dos ingleses no território americano. Em 28 de setembro, os americanos, com apoio naval da França, estavam avançando e ganhando várias batalhas contra os ingleses após o enorme sucesso em Cowpens. Nesse dia, os americanos chegaram aos arredores de Yorktown e cavaram trincheiras, pois os ingleses haviam fortificado a cidade. Por várias semanas, americanos e franceses bombardearam a cidade e as defesas dos ingleses. Em Outubro, americanos deram início a uma série de ataques contra as fortificações inglesas, que resistiam fanaticamente, pois ainda acreditavam que podiam vencer. Porém, reforços ingleses fracassaram em romper o bloqueio naval francês e no dia 19 de Outubro, o general Charles Cornwallis ordenou que suas tropas se rendessem diante dos seus inimigos. Com essa última vitória, os ingleses eram expulsos de suas antigas colônias. Assim tinha início o nascimento de uma das maiores e mais poderosas nações do mundo.
 
 
 

 

 

A Ajuda Francesa

 
Quando a Revolução Americana teve início, vários impérios rivais dos ingleses começaram a despachar armas e mercenários para apoiar os americanos. Os franceses fizeram a maior contribuição abrindo uma segunda frente de combate na Europa e atacando várias colônias inglesas pelo mundo, principalmente no Caribe e na Ásia. Em 1781, os franceses despacharam uma grande frota para ajudar os americanos a derrotar de vez os ingleses. A frota conseguiu romper o bloqueio naval britânico e forçar os ingleses a se render em Yorktown. Porém, os franceses ficariam presos por mais dois anos tentando aniquilar a frota inglesa no litoral americano até 1783, quando a guerra finalmente chegaria ao seu fim. Nas outras frentes de combate, os franceses acabaram sendo derrotados. Essas derrotas e o apoio aos americanos abririam as portas para a futura Revolução Francesa.
 
 

Bibliografia:





 




 





 
 

 



terça-feira, 16 de outubro de 2018

Análise Histórica de "A Batalha da Inglaterra"

 

A Batalha da Inglaterra - Outro "Documentário" sobre a batalha que salvou a Inglaterra

A Batalha da Inglaterra é um filme britânico de 1969, dirigido por Guy Hamilton e estrelado por Michael Caine, Laurence Olivier, Trevor Howard, Curd Jürgens, Harry Andrews, Christopher Plummer, Robert Shaw, Ian McShane e Susannah York. O filme conta toda a Batalha da Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial, que foi a batalha que salvou a Inglaterra da tirania do nazismo de Hitler. O filme é mais um documentário do que um filme de guerra, igual ao filme analisado anteriormente, O Mais Longo dos Dias, e mostra com total realismo e perfeição todos os eventos que transcorreram ao longo dessa batalha épica. Todos os atores fazem um papel incrível de personagens reais que participaram da luta e as cenas de combates aéreos são as mais realistas de toda a história do cinema. Aviões de verdade foram usados para os combates aéreos e algumas miniaturas foram utilizadas para mostrar aviões sendo abatidos e cidades sendo destruídas. Uma verdadeira obra-prima do cinema! Recomendável e obrigatório! Nota 10!
 

 

A Batalha da França - O Prelúdio para a Batalha da Inglaterra

 
Em maio de 1940, Hitler lançou uma enorme invasão contra a França e seus aliados na Europa Ocidental. Mesmo tendo um exército numeroso e poderoso, os franceses não conseguiram deter as novas táticas de guerra dos alemães e em dois meses de combates pesados, a França caiu junto com a Holanda e a Bélgica. Durante a campanha, a Inglaterra havia enviado milhares de homens com centenas de tanques e quase todos os seus aviões. Mesmo após o milagre da evacuação de Dunquerque, os britânicos estavam acabados e desmoralizados. Parecia que nada impediria uma invasão alemã na ilha inglesa. Mas uma unidade de elite ainda se mantinha firme e forte diante de tanta adversidade.
 

 

A Força Aérea Real Britânica (RAF)

 
Criada durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18), a Força Aérea Real Britânica ou RAF é ainda hoje uma das maiores e mais avançadas forças aéreas do mundo. Durante a Segunda Guerra, sofreu enormes perdas durante a Batalha da França contra os alemães e quase foi destruída na Batalha da Inglaterra. Porém, por causa de erros táticos feitos pelos alemães, a RAF sobreviveu e superou seu inimigo. Após a batalha, a RAF cresceria e utilizaria aviões melhores e mais poderosos que levariam a destruição total da Força Aérea Alemã no fim da guerra.
 
 
 
 

Quem foi Hugh Dowding?


Hugh Dowding foi um Marechal da Força Aérea Real Britânica durante a Batalha da Inglaterra e o homem que salvou a Inglaterra das forças de Hitler. Fiel ao governo e determinado a impedir a invasão de sua nação, Dowding mudou as táticas de combates aéreos e forçou o governo a gastar mais na produção de caças do que de bombardeiros. Graças a esses feitos, a Inglaterra conseguiu se salvar e ainda causar a primeira grande derrota na Alemanha. Após a batalha, Dowding foi transferido para o ministério da produção de areonaves, onde atuou até o fim da guerra. Morreu de causas naturais em 1970.
 
 

 

Quem foi Milch?

 
Erhard Milch foi um marechal alemão que comandou a Força Aérea Alemã durante a Batalha da Inglaterra. Porém, Milch não possuía nenhum conhecimento em táticas de combates aéreos e acabou fazendo algumas decisões muito ruins que levaram a derrota alemã na batalha. Depois do desastre na Inglaterra, Milch foi despachado para supervisionar a indústria bélica alemã, sendo o foco central a produção de aviões, e conseguiu administrar muito bem essa área. Mas, com o desenrolar da guerra, Milch acabou vendo que a Alemanha não tinha mais condições de produzir aviões pela falta de componentes e peças e pediu para Hitler transferir outros recursos de outras fábricas para aumentar a produção de aviões de combate. Hitler não deu bola e em poucos meses do fim da guerra, a Alemanha não conseguia mais produzir aviões. Acabou se rendendo para os aliados no fim da guerra e julgado no Tribunal de Nuremberg por crimes contra a humanidade e trabalho escravo. Depois de quinze anos preso, foi solto e morreu na sua casa, em Düsseldorf, em 1972.
 
 

 

O Heinkel 111 - O Principal Bombardeiro Alemão da Guerra

 
O Heinkel He 111 foi o principal bombardeiro alemão da Segunda Guerra Mundial e utilizado por todo o conflito. Mesmo tendo um alcance mediano, o Heinkel era capaz de percorrer grandes distâncias e podia carregar mais de 500 kg de bombas leves e pesadas. Possuía três metralhadoras para defesa contra caças e uma boa blindagem. Porém, era muito devagar e sempre precisava de escoltas para completar suas missões. Durante a Batalha da Inglaterra, foi o avião alemão mais usado, mas também foi o que sofreu mais perdas durante a campanha. Continuaria em uso até o fim da guerra.
 
 

 

 

Quem foi Kesselring?

 
Albert Kesselring foi um marechal alemão e um gênio militar. Durante a Batalha da Inglaterra, ajudou ao máximo o marechal Milch nos respectivos objetivos que eles tinham que fazer para derrotar a Inglaterra. Porém, por causa da incompetência de Milch em relação a combates aéreos, os alemães perderam a luta. Após a batalha, Kesselring foi transferido para o Mediterrâneo e comandou as unidades aéreas alemãs até a derrota na África e na Sicília. Durante a campanha da Itália, Kesselring mostrou uma incrível habilidade de estabelecer fortes defesas nas montanhas italianas contra a invasão aliada. Depois do fim da guerra, foi julgado por crimes de guerra e massacres na Itália e preso até 1952. Escreveu vários livros sobre combates aéreos e terrestres. Morreu em 1960 na Alemanha Ocidental, num sanatório, de ataque cardíaco.
 
 

 









A Poderosa Luftwaffe - A Força Aérea Alemã

 
Criada em 1933, a Luftwaffe ou Força Aérea Alemã foi uma das maiores e mais poderosas unidades aéreas da Segunda Guerra. Muito bem organizada e tendo os melhores e mais avançados aviões do mundo, a Luftwaffe era uma força a ser reconhecida. A Batalha da Inglaterra foi o primeiro grande teste para os pilotos veteranos que já haviam vencido na Polônia e na França contra unidades aéreas menos organizadas. Porém, os pilotos da RAF se mostraram superiores em combates aéreos e após meses de grandes combates, a Luftwaffe sofreu sua primeira derrota na guerra com a perda de quase 2000 aviões abatidos pelos ingleses. Depois dessa batalha, a Luftwaffe não teria mais a força que teve no início da guerra. Acabou dissolvida em 1946.
 
 

 

 

A Operação Leão-Marinho - A Planejada Invasão Alemã da Inglaterra

 
Durante a Invasão da França, o alto-comando alemão, junto com Hitler, já planejava como invadir a Inglaterra. A invasão seria feita com um imenso ataque anfíbio pelo Canal da Mancha que neutralizaria a maioria das defesas britânicas, grandes ataques de paraquedistas contra bases inglesas no interior para causar o máximo de caos possível e grandes ataques aéreos contra prédios do governo britânico em Londres para força-los a se render o mais rápido possível. Porém, existiam dois problemas: o primeiro era o enorme poder naval que o ingleses possuíam e o segundo era a grande quantidade de aviões que os britânicos tinham para atacar a frota alemã durante a travessia. A marinha alemã estava muito enfraquecida após a conquista da Noruega e não tinha condições de enfrentar a marinha inglesa. A única alternativa seria com grandes ataques aéreos contra o poder aéreo inglês e tentar subjugar os ingleses com pesados ataques aéreos contra sua indústria bélica. Após a Batalha da Inglaterra, a operação foi cancelada.
 
 

 

Os Spitfires - Os Caças que Salvaram a Inglaterra

 
O Spitfire foi o caça mais moderno e poderoso que os ingleses tinham para conter os ataques aéreos alemães. Foi também o símbolo da resistência inglesa contra o avanço do nazismo. Rápido, manobrável e superior ao temido Me 109 alemão, o Spitfire foi o início de uma nova geração de caças que nos anos seguintes dominariam os céus da Europa até a destruição do nazismo. Só era usado por pilotos veteranos e profissionais. Porém, só alguns poucos foram usados na Batalha da Inglaterra, diferente do que o filme mostra.
 
 
 
 

Os Hurricanes - Os Verdadeiros Heróis da Inglaterra


Foi na verdade o Hurricane, o último modelo de caça ainda feito de madeira, que levou a Inglaterra para essa grandiosa e importante vitória. Era o caça mais usado pelos ingleses e o mais fácil de ser produzido. Mesmo não sendo muito rápido ou poderoso em relação ao Me 109, o Hurricane era um excelente caça para abater bombardeiros ou caças mais pesados. Porém, eles eram facilmente abatidos pelos caças alemães por ainda serem feitos de madeira. Assim mesmo, o Hurricane foi uma arma essencial para a sobrevivência de uma nação que estava quase de joelhos para a tirania do nazismo. Dois anos depois, um modelo mais moderno e poderoso seria produzido e utlizado até o fim da guerra como um caça-tanque.
 
 

 

Os Stukas - O Pesadelo Aéreo dos Britânicos

 
O Stuka foi o avião mais inovador da Segunda Guerra Mundial. Era um bombardeiro de mergulho e seu objetivo era de abrir caminho para os tanques alemães durante a famosa Blitzkrieg (Guerra-Relâmpago). Usando sirenes no nariz, o Stuka também era usado para ataques psicológicos nos inimigos do Reich. Durante a Batalha da Inglaterra, o Stuka foi usado para afundar navios ingleses no Canal da Mancha e de neutralizar o formidável sistema de radares que os britânicos tinham em toda a ilha. Mesmo causando alguns estragos, o Stuka acabou sofrendo enormes perdas pela falta de escoltas de caças e por ser muito lerdo na velocidade e nas manobras. Continuaria em uso até o fim da guerra.
 
 

 

Os Radares - O "Escudo"da Inglaterra

 
O radar foi uma das mais importantes invenções tecnológicas de toda a História. Ele usava o sistema de microondas, enviava um sinal e se esse sinal atingisse algo sólido (como um navio ou avião), recebia o sinal de volta na forma de um ponto na tela do radar. Era assim, que os britânicos, junto com uma equipe de observadores e centros de controle aéreo, localizavam os grupos aéreos dos alemães durante a batalha e enviavam seus caças para intercepta-los. Os alemães utilizavam Stukas para tentar neutralizar esses radares, mas no fim os britânicos venceram graças a esse "escudo" que protegeu a Inglaterra de uma derrota total.
 
 
 
 

Quem foi Hermann Göring?

 
Hermann Göring foi um marechal alemão e o segundo homem mais poderoso do governo nazista. Göring foi um piloto na Primeira Guerra Mundial e comandou o famoso "Circo Voador" do Barão Vermelho após a morte dele. Abateu 22 aviões inimigos e foi condecorado um herói de guerra. Durante o governo de Hitler, foi o segundo homem mais poderoso do partido nazista e marechal de toda a Luftwaffe. Foi Göring que ajudou a modernizar a força aérea alemã com novos projetos ousados, porém, o líder nazista já não tinha tão interesse em combates aéreos do que antigamente. Seu novo hobby era de roubar a maior quantidade possível de obras de artes dos países ocupados e coloca-los numa coleção particular em seu castelo na Baviera. Durante a Batalha da Inglaterra, Göring havia prometido a Hitler que destruiria o governo britânico em poucos dias, mas acabou fracassando. Mesmo com essa derrota, Hitler não o puniu e o manteve no controle da força áerea até o fim da guerra. Capturado pelos aliados, Göring seria julgado no Tribunal de Nuremberg e condenado por crimes contra a humanidade. No dia de sua execução, o líder nazista obteve acesso a uma cápsula de veneno e se matou. Até hoje é um mistério como Göring obteve tal veneno.
 
 

 









 A Blitz contra Londres

 
Durante a Batalha da Inglaterra, os alemães iriam se focar na destruição da cidade de Londres, dias após aviões ingleses terem bombardeado Berlim. Mesmo sofrendo grandes baixas, os alemães continuariam a atacar Londres durante à noite com o intuito de quebrar a moral da população inglesa em relação à guerra. Porém, os ingleses se manteriam firmes e fortes, mas muito civis morreriam nesse período conhecido como a Blitz. Depois de um ano desses ataques aéreos, Londres continuaria de pé e os alemães teriam baixas tão grandes de aviões, que eles só retornariam a bombardear Londres em 1944 com os temíveis e letais mísseis V1 e V2.
 
 

 

 

Os Pilotos Voluntários da RAF



 
As três imagens acima mostram pilotos voluntários do Canadá, da Polônia e da Techoslováquia que lutaram na RAF. Durante a Batalha da Inglaterra, um grande número de voluntários estrangeiros se uniu na luta contra o nazismo. Alguns queriam se vingar, pois perderam suas nações (Poloneses, Tchecos e Franceses), outros faziam parte da Comunidade Britânica e estavam em guerra contra a Alemanha (Canadenses, Australianos e Neozelandeses) e alguns só estavam por aventura e pela luta por liberdade entre os povos (Americanos e Brasileiros). De todos, o esquadrão que mais mostrou determinação e habilidade em combate foi a unidade de poloneses que também foi a tropa aérea a mais abater aviões alemães ao longo de toda a batalha. Depois da luta, muitas dessas unidades de estrangeiros seriam desativadas e seus pilotos mandados para outras frentes de combate ou treinamento para futuros esquadrões de elite da Inglaterra.
 
 
 





O Me-109 - O Caça Mais Usado pelos Alemães

 
O Me-109 foi o principal caça de combate dos alemães durante toda a Segunda Guerra Mundial. O modelo usado na Batalha da Inglaterra foi o E, que era mais rápido, manobrável e mais bem armado que os aviões ingleses. Os pilotos alemães também eram experientes e veteranos. Porém, por causa das decisões polêmicas de seus comandantes, muitos desses caças foram perdidos em combates aéreos desnecessários que enfraqueceram o poder da Luftwaffe pelo resto da guerra. Por ironia, durante a Guerra de Independência de Israel, os israelenses utilizariam centenas desses caças para combater os caças russos que os árabes usavam contra eles.
 
 
 
 
 
 

O Dia da Águia - O Dia que Mudou o Curso da Segunda Guerra no Ocidente

 
No dia 13 de Agosto de 1940, entraria na História como o dia que mudou o rumo da Segunda Guerra no Ocidente. A Alemanha concentrou mais de 1200 aviões para destruir a RAF que já resistia há várias semanas e estava causando muitas baixas para os alemães. Ao mesmo tempo, os alemães tentariam destruir a moral da população inglesa com a aniquilação de Londres. O evento ficou famoso por ter os maiores combates aéreos até então na História e que envolveu uma imensa quantidade de pilotos pelo controle dos céus ingleses. De início, os alemães atacaram os principais campos aéreos dos ingleses e quase destruíram a RAF. Porém, muitas unidades alemãs se concentraram contra Londres e se tornaram alvos fáceis para os caças ingleses sobreviventes. Depois de um dia inteiro de combates aéreos, os alemães haviam perdidos quase 200 aviões contra 14 aviões ingleses abatidos. Após esse dia, a Luftwaffe continuaria a atacar Londres, mas já havia perdido a batalha de vez.
 
 

Bibliografia:



sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Análise Histórica de "O Mais Longo dos Dias"

 

O Mais Longo dos Dias - Um "Documentário" sobre o dia mais importante da Segunda Guerra.

 
O Mais Longo dos Dias é um filme americano de 1962, dirigido por Ken Annakin, e tendo um imenso elenco de grandes celebridades do cinema. Temos John Wayne, Robert Wagner, Sean Connery, Richard Burton, Henry Fonda, Paul Anka, Robert Mitchum, George Segal e Rod Steiger. O filme é mais um documentário sobre todos os passos que os aliados fizeram durante todo o Dia-D do que um filme de guerra em si. Mesmo preto e branco, o filme é impressionante até hoje com suas cenas de guerra realistas e possui até mesmo um pouco de humor para mostrar que a guerra não é só desgraça. Também tenha paciência, pois o filme é de quase 3 horas e é bem detalhado sobre todos os eventos que aconteceram naquele dia. Obrigatório e necessário para quem gosta muito de filmes de guerra e documentários militares.
 
 
 

O Desembarque Americano na Praia Utah

 
Diferente do que aconteceu em Omaha, o desembarque americano em Utah foi mais rápido e mais fácil. Mesmo encontrando pesadas defesas alemãs, a maioria das tropas germânicas era de origem "oriental" (turcos, russos, georgianos, indianos, coreanos e até japoneses). Por causa desse detalhe, as tropas "orientais" eram mal treinadas e despreparadas para um ataque desse tamanho. Depois de alguns combates na praia e pelo menos 100 mortos e feridos, os americanos romperam essas defesas e se conectaram com os paraquedistas americanos que estavam isolados na retaguarda alemã, só esperando por reforços para deter futuros contra-ataques inimigos.
 
 
 

O Desembarque Inglês na Praia Gold

O desembarque na praia Gold (Dourada) foi rápido e bem preciso. Graças ao poder naval aliado, boa parte das defesas alemãs estava destruída. Mesmo sofrendo 1000 baixas, os britânicos avançaram com grande velocidade e estabeleceram uma larga e bem protegida cabeça de praia.
 

 

 

O Desembarque Canadense na Praia Juno

 
Enquanto os britânicos desfrutavam de um rápido desembarque na praia Gold, os canadenses tiveram que enfrentar uma defesa poderosa dos alemães e sofreram grandes baixas. Depois de várias horas de combate, os canadenses romperam as defesas alemãs e avançaram por alguns quilômetros até serem forçados a recuar para suas posições atuais por um ousado contra-ataque alemão com tanques que quase dizimou a tropa canadense que havia desembarcado de início. Tal desastre acabou sendo evitado graças ao poder aéreo e naval aliado que forçou os tanques alemães a recuar para Caen.
 
 
 

O Desembarque Britânico na Praia Sword

 
O último desembarque aliado foi na Praia Sword (Espada). Os britânicos enfrentaram poucas defesas e rapidamente se conectaram com os paraquedistas que haviam sido lançados horas antes na região. Porém, por erros táticos, os britânicos fracassaram em capturar a cidade de Caen, capital da Normandia, e acabaram entrando numa longa e árdua batalha pelo controle da cidade. Foi também nesse desembarque, que os aliados sofreram o único ataque aéreo alemão, quando dois caças BF 109 fizeram um rasante na praia, mas não atingiram ninguém e logo recuaram por falta de munição.
 
 
 
 

A Resistência Francesa no Dia-D

 
Durante o Dia-D, a resistência francesa foi essencial para a vitória aliada nas praias da Normandia. Os franceses sabotavam postes de comunicação, atacavam comboios alemães e destruíam linhas ferroviárias para impedir a mobilização de reforços alemães. Em algumas cidades e vilas da Normandia, a população pegou em armas e até forçou as guarnições alemãs a se render ou abandonar o local. Isso acabou favorecendo bastante o rápido avanço aliado pelo interior da França.
 
 

 

A Importante Ponte Pégaso

 
Horas antes do Dia-D, uma tropa de 80 comandos britânicos e engenheiros, aterrissou de planadores na região do Rio Orne e tinham como objetivo a captura de uma pequena ponte, chamada de Pégaso. Essa ponte era essencial para os britânicos acessarem o Canal de Caen e avançar para a cidade por uma rota mais plana e menos pantanosa. Também era a única rota onde reforços alemães podiam atravessar o rio e alcançar as praias onde os aliados estariam desembarcando. Mesmo surpreendendo a guarnição alemã, os comandos sofreram grandes baixas, mas conseguiram capturar a ponte intacta. Durante o Dia-D, os comandos restantes resistiram há vários contra-ataques alemães até a chegada de reforços vindos da Praia Sword. Com a ponte em mãos, o caminho estava aberto para Caen.
 
 
 

A Batalha por Saint Mere Eglise

 

Em 5 de junho de 1944, um dia antes do Dia-D, paraquedistas americanos da 82a Divisão, aterrissaram nos arredores da vila de Saint Mere Eglise, durante um incêndio na igreja da vila e entraram num longo e confuso combate com tropas alemãs, que estavam tentando apagar o fogo da igreja e acabaram surpreendidas por essas tropas aliadas. Durante toda a noite até o dia seguinte, americanos e alemães lutaram casa-por-casa e rua-por-rua até os primeiros finalmente dominarem a vila, a primeira da França a ser libertada. Durante todo o Dia-D, os alemães receberiam reforços, com alguns tanques, e tentariam retomar a vila várias vezes. Mas, graças a resistência americana, os alemães acabaram derrotados e recuaram para a vila de Carentan, mais ao sul. Horas depois, as primeiras tropas americanas, vindas de Utah, chegaram e se conectaram com os paraquedistas na vila.
 

 

A Batalha pelo Ponto Du Hoc

 
Ao mesmo tempo que os aliados desembarcavam nas principais praias da Normandia, uma tropa de 225 rangers americanos atacava uma posição fortificada alemã no rochedo conhecido como Ponto Du Hoc. O objetivo dos americanos era de neutralizar seis canhões navais alemães que podiam atingir os transportes americanos nas praias vizinhas. Encontrando uma fanática resistência alemã, os rangers tiveram que escalar o rochedo com cordas e depois eliminar todas as fortificações alemãs na área. Mas, havia um porém, os canhões que os rangers deveriam destruir nunca haviam sidos instalados no local. Após a captura do Ponto, os rangers ainda tiveram que aguentar um curto cerco de 3 dias até reforços chegarem e expulsarem os alemães da região. Dos 225 homens que atacaram o rochedo, só 90 sobreviveram.
 
 

 

 

A Batalha de Ouistreham

 
 
Quando os britânicos desembarcaram na Praia Sword, dois batalhões de comandos franceses desembarcaram juntos e avançaram para Ouistreham, uma cidade localizada na "boca" do Canal de Caen. Lá os alemães tinham ainda um canhão naval operacional e escondido dentro do cassino da cidade. Se aproximando em duas direções diferentes, os franceses surpreenderam a guarnição alemã e rapidamente cercaram o cassino. Porém, os alemães possuíam um canhão antitanque e algumas baterias antiaéreas que causaram pesadas baixas aos franceses até esses receberem a ajuda de um tanque britânico que destruiu o cassino e neutralizou as defesas alemãs. Com essa vitória, o flanco direito da Normandia estava livre de qualquer ameaça de canhões navais na região.
 
 
 
 

A Força Aérea Alemã Durante o Dia-D


A presença da Força Aérea Alemã na Normandia era totalmente nula. Meses antes, os aliados lançaram um longa campanha aérea para destruir a frota aérea alemã concentrada na França e facilitar os desembarques no litoral francês. Durante todo o Dia-D, os aliados não sofreram nenhum ataque aéreo alemão, mas na Praia Sword dois caças alemães BF-109 atacaram as tropas que desembarcavam na praia, mas não atingiram ninguém antes de recuar para Paris. Pelo resto do dia, os céus da França estariam sob o controle total dos aliados.
 
 

Bibliografia:



 

 





 



 



quinta-feira, 12 de julho de 2018

Análise Histórica de "Nascido para Matar"

 

Nascido para Matar - A Violenta Loucura no Vietnã

 
 
Nascido para Matar é um filme americano e britânico de 1987, dirigido pelo genial Stanley Kubrick e estrelado por Matthew Modine, Adam Baldwin, Vincent D'Onofrio, R. Lee Ermey, Dorian Harewood, Kevyn Major Howard, Arliss Howard, Ed O'Ross, John Terry e Kieron Jecchinis. O filme conta a história fictícia de um grupo de jovens fuzileiros americanos que devem primeiro passar pelo treinamento "infernal" de seu sargento para depois lutar na Guerra do Vietnã e liberar toda a loucura e insanidade que acumularam durante o rigoroso treinamento contra um inimigo determinado a vencer. O filme é um dos mais violentos filmes de guerra da história. Kubrick mostra todos os horrores da guerra, mas seu maior triunfo foi mostrar o rigoroso e pertubador treinamento militar que muitos jovens americanos tiveram que passar para lutar uma guerra que nem era sua. A cinematografia é linda, a música é tensa e meio polêmica, as atuações são fantásticas e a guerra em si é mostrada como se fosse um pesadelo para esses jovens fuzileiros. Recomendo para quem tem estômago forte.
 
 
 
 
 

O Treinamento Americano nos Anos 1960

 
O exército americano nos anos 1960 era formado na sua maioria por voluntários civis que tinham entre 18 e 22 anos. Por não terem nenhum ou pouco treinamento militar, esses jovens americanos sofriam com os rigorosos treinamentos do exército e de seus instrutores, muitos veteranos da Segunda Guerra e da Guerra da Coréia, que usavam ainda táticas de combate antigas e que não funcionavam direito com essas novas gerações de combatentes. Maus-tratos e humilhações eram constantes, muitos cadetes desistiam no primeiro dia ou na primeira semana. Aqueles que resistiam eram doutrinados a se transformar numa "máquina de matar". Porém, alguns desses jovens acabavam tão traumatizados ou doutrinados com tanta violência no seu treinamento que acabavam cometendo horríveis crimes contra civis nos EUA. Após a Guerra do Vietnã, mudanças drásticas foram feitas e os treinamentos, ainda que pesados, melhoraram e só aqueles que realmente queriam servir ao seu país são aceitos.
 
 
 

O Exército Americano nos Anos 1960

 
O exército americano (no filme os personagens são Fuzileiros) nos anos 1960 era formado por jovens despreparados para uma guerra contra um inimigo determinado a vencer de qualquer jeito. Mesmo bem preparados, treinados e armados, muitos desses soldados aproveitaram a guerra para cometer crimes de guerra e outros atos violentos, pois nos Estados Unidos as leis eram (e ainda são) rigorosas. Porém, os vietcongs se mostraram um adversário superior ao poder de fogo americano e no fim da guerra, em 1973, o exército americano estava desgastado e desmoralizado. Após a Guerra do Vietnã, o governo americano iria fazer pesadas modificações no sistema de treinamento e combate de suas tropas. Antes o serviço militar era obrigatório, mas atualmente o serviço é voluntário e opcional. Graças a essas mudanças, atualmente os Estados Unidos possui o exército mais poderoso e preparado do mundo inteiro.
 
 
 

O Fuzil M-14

 
O fuzil M-14 é na verdade um rifle M-1 Garand com cano extendido e podendo disparar 15 balas ao invés de 8. Foi bastante usado no Vietnã e atualmente é usado para cerimônias militares e por forças especiais. No caso das forças especiais, o M-14 sofreu algumas modificações como: mira telescópica, cartucho na parte de baixo do fuzil e balas com maior poder de penetração. É possível instalar um silenciador na ponta do cano.
 
 

 

A Base de Da Nang

 
A Base Aérea de Da Nang é uma das maiores bases do mundo e foi o centro de operações dos americanos durante a Guerra do Vietnã. Em 1962, engenheiros americanos começaram a expandir o pequeno campo aéreo que existia na vila de Da Nang e em 1964, a base aérea estava concluída. Era dessa base que os bombardeiros americanos saíam para atacar a capital do Vietnã do Norte, Hanói, e também para lançar ofensivas de helicópteros na fronteira com o Laos. Em 1968, a base foi um dos alvos da ousada Ofensiva do Tet, mas resistiu aos ataques inimigos e continuou em mãos americanas até 1972. Em 1973, os vietcongues lançaram uma enorme ofensiva que resultaria na captura definitiva da base. Funciona até hoje sobre controle do governo vietnamita.
 
 

 

A Mídia Americana no Vietnã

 
A Guerra do Vietnã foi uma das guerras que mais foi transmitida para os EUA. Milhares de jornalistas foram ao local para registrar de perto os combates e a moral das tropas que lutavam lá. Também registravam crimes de guerra causados por ambos os lados, para tentar criar uma campanha contra a intervenção americana na nação. Ao mesmo tempo, o exército americano criou uma unidade especial de jornalismo para mostrar que as tropas estavam indo bem e que logo a situação estaria sobre controle. Também se focavam na vinda de celebridades que queriam dar seu apoio ou só simplesmente divertir os homens que sangravam no Vietnã. Foi por causa da enorme presença da mídia que o governo americano sofreu grande pressão popular para terminar logo com a guerra em 1973.

 

 

 

A Ousada Ofensiva do Tet

 

Em janeiro de 1968, durante o Festival do Tet, os vietcongues lançaram mais de 100 ataques em uma única noite, com o objetivo de causar o maior estrago possível no inimigo. A maioria dos ataques foi repelida, mas em alguns lugares, os vietcongs conseguiram ocupar cidades e até mesmo capturar bases americanas. A ofensiva é considerada até hoje como uma das mais ousadas da História. Mesmo sendo um fracasso tático para os comunistas, acabou virando uma vitória propagandista sobre como os americanos estavam despreparados pelo resto da guerra que continuaria por mais cinco anos.
 
 
 
 

A Batalha de Hue - A Batalha Urbana Mais Sangrenta do Vietnã

 
Durante a imensa Ofensiva do Tet, em janeiro de 1968, os vietcongs capturaram a cidade de Hue. Hue era onde ficava a base de operações clandestinas da CIA (agência de espionagem americana) e era a segunda maior cidade do Vietnã do Sul. Por causa disso, os EUA despacharam uma imensa força de homens e tanques para retomar a cidade. A batalha duraria meses e ambos os lados sofreriam perdas imensas. Em março, os últimos vietcongs eram eliminados e a cidade declarada segura. Demoraria muitos anos para Hue voltar a ser uma cidade bem desenvolvida e importante para o Vietnã após a guerra. Foi considerada a batalha urbana mais violenta na história americana até ser superada pela batalha de Fallujah no Iraque em 2004.
 
 
 

O Tanque M-48 "Patton"

 
O M-48 "Patton" foi o principal tanque de combate dos americanos no Vietnã. Com uma poderosa blindagem e um canhão que podia destruir a maioria das defesas inimigas, o M-48 foi uma arma muito importante para combates urbanos e fechados. Também foi usado uma variante que usava lança-chamas em operações na selva. Assim mesmo, o M-48 foi vítima de minas, armadilhas e lança-rojões que facilmente penetravam em sua blindagem e causavam muito estrago. Mais de 12.000 desses tanques foram produzidos e alguns países ainda o utilizam até hoje.
 
 
 
 

Bibliografia: