domingo, 17 de junho de 2018

Análise Histórica de "A Raposa do Mar"

 

A Raposa do Mar - Um Intenso Duelo Naval no Atlântico

 
A Raposa do Mar é um filme americano de 1957, dirigido por Dick Powell e estrelado por Robert Mitchum, Curt Jürgens, David Hedison e Theodore Bikel. A história se passa durante a longa Campanha do Atlântico, na Segunda Guerra Mundial, e se foca num intenso e longo duelo naval entre um capitão americano, de um destroier, e um capitão alemão, de um submarino. O filme é intenso do início ao fim, todas as atuações são fantásticas e as cenas de combate naval são excelentes. Esse filme também é um dos poucos filmes de guerra que mostra ambos os lados do conflito e revela que tanto os americanos quanto os alemães não gostavam da situação em que estavam, mas tinham ordens para cumprir e uma nação para proteger. Recomendo para quem gosta de combates navais clássicos e épicos!
 
 

O Destroier Classe-Buckley

 
O destroier da classe-Buckley era na verdade uma fragata de escolta. Porém, por causa dos submarinos alemães que já navegavam pelo litoral americano, essas fragatas foram convertidas em destroieres e receberam armas pesadas para enfrentar tal ameaça no Atlântico. O objetivo desse navio era proteger os cargueiros e seus comboios. No filme é mostrado que esse tipo de destroier também era usado para caçar submarinos, mas isso é falso. O Buckley só servia para escoltar cargueiros e afastar qualquer submarino que ameaçasse o comboio. Era armado com 3 canhões pesados, várias baterias anti-aéreas e também usava  cargas de profundidade para neutralizar submarinos inimigos. Foi usado até os anos 1960.
 
 
 

Os Temíveis U-Boats no Litoral Americano

Os U-Boats, submarinos alemães, já causavam pânico pelo Atlântico. Quando os EUA entraram na guerra, Hitler ordenou que seus submarinos atacassem qualquer navio que deixasse o litoral americano. O governo americano acreditava que os u-boats não teriam condições de alcançar o litoral americano, mas ficaram surpresos quando os alemães introduziram um submarino maior e com mais alcance que qualquer outro já usado. Os u-boats usavam as luzes de cidades costeiras para saber as rotas dos cargueiros. Quando o comando aliado soube por prisioneiros alemães de tal tática, o governo americano ordenou apagões que pudessem denunciar alguma rota de cargueiros para os alemães. Tal tática funcionou e isso forçou os u-boats a atuar mais no Atlântico e menos no litoral. Esses u-boats também ajudaram a desembarcar agentes americanos com origem alemã, com o objetivo de sabotar a indústria de guerra dos americanos.
 
 
 
 

Os Intensos Duelos Navais

 
Duelos entre destroieres americanos e submarinos alemães foram bastante comuns antes mesmo da entrada americana na guerra. Enquanto os destroieres tinham armas pesadas, capazes de rapidamente destruir o submarino inimigo, os U-Boats tinham a vantagem de ficar dias submersos, eram rápidos e silenciosos. De início, os u-boats evitavam enfrentar os destroieres e fugiam quando algum era avistado. Em alguns casos raros, os u-boats também aproveitavam a fuga inicial para lançar um ataque surpresa no navio americano e afundá-lo para facilitar mais ataques contra o comboio-alvo. Quando os americanos introduziram o famoso sonar, ficou mais fácil para os destroieres americanos localizarem os u-boats submersos e  até o fim da guerra, os americanos teriam a vantagem sob os u-boats alemães.
 

Bibliografia:







sábado, 9 de junho de 2018

Análise Histórica de "A Guerra de Hart"

A Guerra de Hart - Um Julgamento no Meio da Guerra


A Guerra de Hart é um filme americano de 2002 e dirigido por Gregory Hoblit. O filme conta a história de um oficial americano, durante a Segunda Guerra, que é enviado para um campo de prisioneiros alemão e lá deve proteger um homem negro de um crime que não cometeu ao mesmo tempo que tenta descobrir um esquema de fuga com um coronel americano teimoso e agressivo. O elenco é poderoso. Temos Bruce Willis, Colin Farrell, Terrence Howard e Cole Hauser no comando desse filme bem épico e interessante. É um filme com uma história bem simples, mas cheio de mensagens fortes sobre respeito, coragem e determinação. Muito bom mesmo! 





Agentes Alemães no Exército Americano




Durante a última ofensiva alemã nas Ardenas, os alemães utilizaram pequenas unidades de infiltração, que usavam armas e roupas americanas de soldados capturados, e que sabiam falar inglês sem sotaque, pois havia muitos alemães nascidos nos EUA que foram chamados para lutar antes da guerra começar, com o objetivo de confundir as forças americanas na região e montar emboscadas em comboios de suprimentos. De início, tal tática deu certo, mas logo o comando aliado ordenou a captura de tais agentes para serem julgados e executados por espionagem. Após a batalha, quase nenhum agente americano-alemão estava vivo para contar essas ousadas operações de sabotagem com o intuito de destruir o comando aliado.

Os Campos Stalags - O Pesadelo dos Prisioneiros de Guerra

Os campos stalags eram campos de concentração, feito pelos alemães, para abrigar os milhares de prisioneiros de guerra que eles capturaram ao longo do conflito. As condições dentro dos alojamentos eram precárias e doenças facilmente se espalhavam pelo campo, matando centenas. Também eram comuns os maus-tratos  feitos pelos guardas da SS com os prisioneiros, principalmente eslavos e negros. Porém, diferente dos campos de concentração, os prisioneiros conseguiam negociar com os guardas e estabeleciam de forma ordenada uma hierarquia entre oficiais e soldados. Por causa dessa organização, foram raros os casos de revolta nesses campos. Mas, as fugas eram constantes e muitos morriam tentando voltar para casa.



Os Tribunais de Guerra

Todo mundo conhece o famoso Julgamento de Nuremberg, mas poucos sabem que durante a guerra ocorreram centenas de pequenos julgamentos parecidos com o de Nuremberg. Era comum em alguns campos de prisioneiros que um julgamento ocorresse caso tivesse acontecido uma fuga ou uma operação de contrabando fosse descoberta. Mesmo sabendo que o resultado seria o pelotão de fuzilamento, os alemães adotaram tal ideia para mostrar que ainda eram um povo educado e não "selvagem" como a propaganda aliada dizia sobre eles. No filme, o tipo de julgamento, relacionado ao homicídio, nunca foi confirmado durante a guerra.


 

 As Fugas dos Campos - A Única Forma de Voltar para Casa


As fugas pelos campos de prisioneiros eram bem comuns durante a guerra. Essas fugas eram bem planejadas e a maioria foi um sucesso. Aquelas que não davam certo, sempre resultavam na morte total dos fugitivos ou da metade que tentava escapar. Aquelas que davam certo resultavam em longas e perigosas viagens dos fugitivos sobreviventes até suas respectivas terras de origem. Os fugitivos primeiramente criavam uma distração dos guardas e depois construiam um túnel para escapar sem chamar muita atenção. Outra forma de fuga era de uma correria em massa, mas essa sempre resultava na morte de centenas de prisioneiros. Ainda é desconhecido o número total de fugas durante a guerra.

Bibliografia: