A Cruz de Ferro - A Brutalidade da Guerra
"A Cruz de Ferro" é um filme anglo-alemão de 1977 dirigido por Sam Peckinpah. A história do filme é totalmente fictícia, mas se passa durante a Segunda Guerra Mundial. O filme se foca numa tropa alemã que ficou presa atrás das linhas soviéticas quando o comandante da tropa os abandonou para poder ganhar a famosa Cruz de Ferro, por sua "grande" liderança no campo de batalha. É claro que a tropa descobriu e iniciou uma perigosa perseguição para poder se vingar desse comandante covarde e corrupto. O elenco é formado por grandes atores como: James Coburn, Maximilian Schell, James Mason, David Warner, Klaus Löwitsch, Vadim Glowna, Roger Fritz e Dieter Schidor. O filme é bastante violento e possui algumas cenas explícitas de nudismo e sexo. A atuação é razoável e a produção é ok. Porém, o filme tem uma história confusa e algumas vezes mal escrita. O final é bastante decepcionante. Mas, de um modo geral é um excelente filme para aqueles que gostam de batalhas épicas e de ver as loucuras que uma guerra causa para o homem.
A Frente Oriental - O Pesadelo dos Alemães
Também conhecida como a Grande Guerra Patriótica, a Frente Oriental foi a campanha mais violenta e brutal de toda a Segunda Guerra Mundial. Tendo início em 1941 com uma imensa invasão terrestre (a maior da História) liderada pela Alemanha contra o governo comunista da USSR. Em 1942, os alemães avançaram para o sul da USSR numa tentativa de cortar a principal rota de suprimentos vindos do Irã. Mas em 1943, os soviéticos viraram o jogo e continuariam avançando até a capital alemã de Berlim em 1945. Foi nessa frente onde aconteceram as maiores batalhas de blindados e onde também os nazistas tentaram dizimar a população eslava. Os alemães e seus aliados perderam 5 milhões de homens. Já os soviéticos perderam 10 milhões de soldados e mais de 17 milhões de civis da etnia eslava foram executados pelos alemães.
A Campanha do Cáucaso - A Luta pelo Petróleo Russo
A Campanha do Cáucaso foi uma longa e decisiva batalha pelo controle do maior reservatório de petróleo da USSR. Em 1942, a Alemanha, junto com a Romênia, Itália e Hungria, resumiu sua invasão e decidiu capturar os principais campos petrolíferos que sustentavam a máquina de guerra soviética. Os soviéticos já sabiam que seus campos petrolíferos seriam os alvos dessa nova ofensiva e instalaram explosivos caso caíssem nas mãos erradas. Os alemães avançaram com grande rapidez, usando sua tática de guerra-relâmpago, e capturaram os campos de Maikop. Porém, os russos acionaram os explosivos de Maikop e impediram os alemães de extrairem o petróleo para eles mesmos. Em desespero pela falta de combustível, os alemães tentaram alcançar os campos de Grozny, mas foram detidos no Rio Terek na Chechênia. Em 1943, os soviéticos lançaram um violento contra-ataque e retomaram quase tudo que perderam no ano anterior, incluindo Maikop. Mas, tropas alemãs e romenas conseguiram parar o avanço soviético no Rio Kuban. Só em 1944 é que os alemães finalmente abandonariam a região do Kuban e finalizariam a luta pelo petróleo russo.
O Exército Alemão em 1943
Em 1943, o exército alemão estava com fortes sinais de desgaste após os desastres em Stalingrado e no Cáucaso. A maioria dos soldados alemães estava com os uniformes rasgados, armas enferrujadas, doentes e muito cansados. Mas, mesmo nessa horrível situação, a moral continuava alta, menos nos oficiais do alto escalão. O soldado alemão continuava a ser um profissional e muito bem equipado com armas e veículos poderosos. Os soviéticos ainda sofreriam muitas baixas para finalmente quebrar essa feroz resistência que os alemães ainda mantinham após tantas derrotas.
O Exército Soviético em 1943
Diferente dos alemães, os soviéticos estavam se reorganizando. Após as horrendas derrotas em 1941 e 1942, os soviéticos fizeram uma nova reforma em seu exército e começou a criar divisões formadas por soldados profissionais e bem equipados. Mulheres e crianças também fazim parte das forças armadas para compensar as imensas perdas sofridas no anos anteriores. O soldado soviético estava mais bem treinado e equipado do que antes. Tinha uma moral alta e se mostrava bastante fanático diante de um inimigo superior em táticas e em armas. Era o início de uma virada épica contra os nazistas.
As Crianças Soldados dos Soviéticos
Após as enormes perdas em homens nos anos de 1941 e 1942, a USSR começou a alistar milhares de crianças para lutarem pela defesa da Pátria Mãe. A maioria variava entre 10 até 12 anos. Eram usadas para levar mensagens ou patrulhas. Com o passar do tempo começaram a ser colocadas nas frentes de combate, mas a maioria morria com facilidade. Aquelas que tentavam desertar e voltar para casa, eram caçadas e executadas como traidoras da nação. Muitas seriam capturadas e estrupadas pelos alemães como uma forma de amedrontar a moral dessas pobres almas que eram enviadas aos montes para um verdadeiro inferno.
Os Morteiros - A Principal Peça de Artilharia da Infantaria
A arma mais poderosa da infantaria até hoje são os morteiros. Fáceis de carregar e de utilizar, os morteiros são essenciais para eliminar alvos pesados que são difíceis de serem atingidos por artilharia pesada. Na Segunda Guerra, todas as nações que lutaram no conflito usavam vários tipos de morteiro. Mas, o mais comum foi o morteiro de 81mm. Tanto alemães quanto soviéticos abusariam de tal arma ao longo do conflito.
Os Hospitais Alemães - Um Breve Paraíso no Inferno
Por causa da grande extensão no território russo, os alemães foram obrigados a estabelecer grandes quantidades de hospitais de campanha para ajudar na grande quantidade de feridos que vinham das temíveis batalhas orientais. Para a maioria dos alemães, esses hospitais eram um breve paraíso num lugar que se parecia muito com o inferno. Existiram muitos casos de soldados alemães terem relações sexuais com as poucas enfermeiras que atendiam nesses locais. Em alguns casos super raros, os soldados acabavam casando com as enfermeiras para não ficarem mais sozinhos no retorno para casa.
A SS no Exército Alemão
Durante toda a guerra, o Partido Nazista, para manter a moral alta sobre Hitler, mantinha oficiais da fanática Waffen-SS para vigiarem e denunciarem possíveis traidores, desertores ou derrotistas. Esses oficiais eram muito cruéis até mesmo para seus conterrâneos. Mas, houve alguns casos isolados onde os soldados alemães sempre conseguiram criar uma desculpa sobre seu comportamento negativo sobre o Reich e satisfazer esses oficiais fanáticos que ainda acreditavam que poderiam vencer a guerra.
A Velha Guarda se Mantém - Oficiais Prussianos
Mesmo após a derrota da Alemanha durante a Primeira Guerra, muitos oficiais de origem prussiana continuaram na ativa durante boa parte da Segunda Guerra. Altamente disciplinados e excelentes mestres em tática e estratégia, esses oficiais eram a principal coluna vertebral do Exército Alemão. Porém, os nazistas odiavam esses oficiais e os considerava como obsoletos. Ao mesmo tempo, esses oficiais prussianos eram contra as ideais dos nazistas de dizimarem outras etnias e até mesmo de estabelecer um grande império "ariano".
A Famosa Cruz de Ferro
A Cruz de Ferro é a maior condecoração militar do Exército Alemão. Foi introduzida após a Guerra Franco-Prussiana (1870-71) para homenager os homens que fizeram grandes atos heróicos ou corajosos nas situações mais perigosas durante uma batalha. Feita totalmente de ferro, essa medalha é baseada no símbolo dos cavaleiros teutônicos que lutaram durante as cruzadas. Porém, após a Segunda Guerra, essa medalha seria proibida até os anos 60, quando foi reintroduzida nas novas forças armadas alemãs. Infelizmente, muitas pessoas ainda associam tal imagem com o Nazismo, um grave erro que as pessoas precisam aprender ao invés de querer acreditar no que os outras falam sobre tal símbolo.
O Letal T-34
O tanque mais produzido da Segunda Guerra Mundial (55 mil unidades), o T-34 foi um veículo revolucionário para as guerras futuras. Introduzido em 1941, o T-34 era um tanque médio, mas que podia ter uma incrível velocidade e sua blindagem era bem resistente e pesada. Um fator incrível foi suas lagartas que ajudavam o tanque a deslizar e virar rapidamente. Vários modelos foram feitos e até hoje alguns países ainda usam tal veículo blindado.
O PAK 43 - A Arma para Conter o T-34
Uma das armas que os alemães utilizaram para deter o avanço do poderoso T-34 foi o canhão anti-tanque Pak/43. Esse canhão podia disparar balas perfurantes capazes de aniquilar uma tropa inteira de T-34 a mais de 500m de distância. Era manuseada por quatro homens e transportada por caminhão. De início essa arma causou bastante estrago contra o T-34, mas com o passar do tempo, modelos mais pesados do T-34 foram introduzidos e a arma alemã acabou ficando obsoleta diante de tais veículos blindados. Mais de 2.100 canhões desse tipo foram feitos e usados pela Alemanha.
As Mulheres no Exército Soviético
Uma das maiores diferenças entre o exército soviético em comparação aos outros exércitos foi o grande uso de mulheres como soldados e pilotos. Por causa das imensas perdas em homens em 1941, a USSR iniciou um programa de mobilização de todas as mulheres entre 18 e 35 anos capazes de lutar pela Pátria Mãe. Milhares sairiam das fábricas na Sibéria e lutariam ao lado de seus compatriotas masculinos em várias batalhas contra os alemães. Elas se mostrariam eficientes como batedoras, atiradoras e pilotas. Mas, diferente dos homens, elas sofreriam nas mãos de soldados alemães caso fossem capturadas. A maioria era estrupada e morta pelos soldados inimigos. Outras eram enviadas para trabalho escravo na Alemanha. Mas, mesmo assim, elas continuavam com uma moral alta e eficiente.
Russos no Exército Alemão
Sim. Muitos russos lutaram ao lado dos alemães contra a USSR. A maioria era de prisioneiros que foram feitos pelos alemães em 1941 e não gostavam do governo de Stalin. Mais de 100.000 russos lutariam contra seus conterrâneos ao longo da guerra. Várias unidades alemãs usavam tropas especiais russas para se infiltrarem na retaguarda inimiga e obter informações sobre suas forças. Mesmo após o desastre de Stalingrado, esses russos leais aos alemães continuariam lutando até o fim da guerra em Berlim. Após o conflito, a maioria dos sobreviventes seria enviada aos gulags ou executados pelos oficiais do Stavka (inteligência soviética).
Bibliografia: