quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Análise Histórica - "O Resgate do Soldado Ryan" - Parte 1

 
 
 
 

O Resgate do Soldado Ryan - O Filme de Guerra Mais Famoso do Mundo

O "Resgate do Soldado Ryan" é um filme americano de 1998 e dirigido pelo fantástico diretor Steven Spielberg. Baseado numa incrível história real, o filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial na França, quando os aliados iniciavam o longo processo de libertação do continente das mãos do temível regime nazista. Com um elenco sensacional que inclui: Tom Hanks, Matt Damon, Tom Sizemore, Edward Burns, Barry Pepper, Adam Goldberg, Vin Diesel, Giovanni Ribisi e Jeremy Davies, o filme foi um sucesso de bilheteria e ganhador de alguns Oscars. Com incríveis e realistas cenas de batalhas que incluem até mesmo o desembarque nas praias da Normandia, o "Resgate do Soldado Ryan" é um filme de guerra recomendável que vocês não podem perder. 100% aprovado.
 
 
 

A Campanha da Normandia


 
A Campanha da Normandia foi, talvez, a batalha mais famosa da Segunda Guerra, onde os aliados invadiram a França Ocupada e iniciaram o longo e árduo processo de libertação da Europa Ocidental do controle nazista. A campanha teve início no dia 6 de Junho de 1944 com os desembarques aliados nas praias da Normandia. Depois de quase 10 semanas de intensos e brutais combates nos campos e vilas francesas no interior da França, os aliados cercam e esmagam o exército alemão do Ocidente no Bolsão de Falaise. Em Agosto, os aliados entravam em Paris e declaravam a França livre do controle nazista.
 
 
 

O Dia-D: O Dia Mais Longo da Normandia

 
O dia 6 de Junho de 1944, também conhecido como o Dia-D, foi o evento mais importante da Campanha da Normandia pela Libertação da Europa Ocidental dos nazistas. Os aliados escolheram cinco praias na Normandia e enviaram a maior força naval da Guerra na Europa. Depois de vários dias de intenso bombardeio aéreo e naval, os aliados despacharam cinco divisões, cada uma para cada praia, sendo duas americanas, duas britânicas e uma canadense para estabelecerem uma poderosa cabeça de praia e iniciarem o avanço para libertar Paris. Porém, os aliados precisavam primeiro atravessar a formidável Muralha do Atlântico para alcançarem o interior da França.
 
 
 
 

A Formidável Muralha do Atlântico


 
Construída de 1940 até 1944, a Muralha do Atlântico era uma série de fortificações navais que tinham como principal objetivo impedir qualquer invasão marítima pelo norte da França e pela Noruega. a Muralha se estendia desde a fronteira da França com a Espanha até a fronteira da Noruega com a Finlândia. Os alemães construíram milhares de obstáculos nas praias, colocaram milhares de minas de vários tipos diferentes, estabeleceram centenas de canhões navais de grosso calibre, como o visto na foto acima e possuíam uma imensa quantidade de armamentos leves como metralhadoras, morteiros e baterias anti-aéreas. Na Normandia, as defesas da Muralha eram bastante poderosas. Porém, as guarnições alemãs eram formadas por tropas de segunda categoria ou por voluntários de outras nações (indianos, coreanos, japoneses, russos, húngaros, poloneses e ucranianos). A única exceção era a presença de uma divisão de elite do exército alemão localizada na praia Omaha, a mais bem defendida de todas na Normandia.
 
 
 
 

O Desembarque na Praia Omaha

 
O desembarque americano na Praia Omaha aconteceu durante o dia 6 de Junho de 1944. Liderado pelo 116 Regimento de Infantaria da 1 Divisão Americana, considerada a melhor divisão do exército americano, o desembarque havia sido considerado pela inteligência aliada como fácil e rápida. Porém, os aliados fracassaram em duas coisas: a primeira foi que as defesas navais alemãs sobreviveram aos ataques navais e aéreos que aconteceram no dia anterior; a segunda foi que a guarnição alemã era formada por uma divisão veterana da frente oriental e muito bem treinada para repelir invasãoes anfíbias. O que aconteceu foi uma carnificina. Os americanos foram surpreendidos pelas defesas alemãs e as primeiras três levas de tropas americanas sofreram mais de 90% de baixas. Nenhum dos 16 tanques que deveriam apoiar a infantaria chegou à praia. Todos afundaram no canal. Depois de quase 12 horas de matança, pequenos grupos de sobreviventes das primeiras levas, com apoio de reforços das outras levas, começaram a romper as defesas alemãs na praia e avançaram para o interior onde os alemães começaram a se render ou a recuar para uma nova linha de defesa. As perdas americanas só nesse setor do Dia-D foram de 6.000 mortos e feridos.
 
 

As Lanchas de Desembarque

 
O principal veículo de desembarque dos americanos no Dia-D foi a lancha desembarque. Como na foto acima, a lancha podia cerregar mais de 30 à 50 homens ou até mesmo jipes e canhões de artilharia. Na Normandia, milhares dessas lanchas seria usadas principalmente para desembarcarem as enormes levas de soldados aliados nas praias normandas. Porém, o veículo era extremamente desprotegido e podia ser facilmente afundado por morteiros ou danificado por pesado ataque de metralhadoras. Muitas das perdas iniciais americanas em Omaha ocorreriam dentro desses veiculos antes mesmo de alcançarem as defesas alemãs no topo da praia.
 
 
 

O Exército Americano

 
Em 1944, o exército americano era uma força aliada bem organizada e treinada. Tendo várias divisões veteranas de outras batalhas, o exército estava bastante preparado para enfrentar as melhoras tropas que os alemães tinham posicionadas pela França. A Campanha da Normandia mostraria ao mundo que o exército americano seria a principal força militar para o futuro e seria usado como base para os outros exércitos de outras nações.
 
 

A MG-42 - A Arma mais Letal dos Alemães

Talvez a metralhadora mais conhecida e poderosa e toda a Segunda Guerra Mundial. A MG-42, foi criada para substituir a já formidável MG-34. Milhares seriam produzidas durante a guerra e os alemães a utilizaria em todas as suas batalhas. Fácil de carregar e de manejar, a MG-42 podia disparar mais de 1000 balas por minuto e sem ter problema de se aquecer. Podia ser carregada por um único soldado ou colocada num tripé fixo. Na Normandia, a MG-42 seria uma das principais defesas espalhadas pela região e causaria um grande número de baixas para as forças aliadas durante a campanha. Mesmo após o fim da guerra, a MG-42 é utilizada até hoje por vários exércitos e ainda surpreende por se mostrar tào avançada até para os dias de hoje.
 
 
 

O Lança-Chamas na Europa Ocidental



A arma americana mais letal usada no Pacífico também foi vista em alguns poucos combates pela Normandia. O lança-chamas foi bastante usado no Dia-D contra as defesas alemãs da Muralha do Atlântico. Porém, era alvo fácil para atiradores e metralhadoras. Como os alemães, na maioria das vezes, recuavam do que lutavam até a morte, não era o caso da Waffen-SS. Mesmo tendo pouca participação na Europa Ocidental, o lança-chamas ainda continuava sendo a arma ideal para neutralizar as defesas mais poderosas dos alemães.
 
 
 
 

Os Médicos de Combate Americanos

 
Os médicos eram os soldados mais importantes da Segunda Guerra em qualquer exército. Os médicos americanos eram bem treinados para as situações mais extremas. Também podiam usar armas de fogo, mas só em casos de urgências. Mas, mesmo bem treinados, os médicos americanos sofreriam grandes baixas por causa de atiradores alemães que sempre procuravam pelas grandes cruzes vermelhas em seus capacetes para diferencia-los dos outros soldados.
 
 
 

Bangalores - Os Toperdos da Infantaria

 
Os Bangalores parecem longos tubos de encanamento. Porém, são na verdade um tipo de torpedo. Dentro do tubo ficam as cargas explosivas que são acionadas quando o pavio no fim do tubo é aceso. Foram usados durante todas as operações anfíbias da guerra contra os arames farpados que os inimigos espalhavam pelas defesas costeiras. Somente os engenheiros de combate dos exércitos aliados usavam tal artefato explosivo.
 
 

A Thompson: A Melhor Submetralhadora dos Aliados


A Thompson é uma submetralhadora usada pelos Aliados durante a Segunda Guerra. Foi criada em 1921 e acabaria sendo bastante popular entre os gangsters mais famosos dos EUA. Seu design original possuía um cartucho de vinte balas. Mas havia várias modificações: um tambor com 50 à 100 balas e um supressor para melhorar a precisão da arma. Foi a mais produzida pelos EUA e seria bastante usada por oficiais aliados. Foi usada em todas as batalhas que os aliados lutaram. Até hoje é utilizada por outras nações.
 
 

A Garand: O Primeiro Rifle Automático do Mundo

O rifle Garand foi o primeiro rifle automático da História. Produzido pelos EUA, o Garand disparava oito tiros em um único cartucho. Era rápido de ser recarregado e ainda podia ser modificado com uma baioneta ou uma mira telescópica. Foi a principal arma do exército americano. Quase todos os soldados usavam tal arma. Incrivelmente é utilizada até hoje por outras nações.
 
 

A Carabina M1: A Arma Favorita dos Oficiais Americanos

A Carabina M1 é um tipo de rifle semi-automático produzido pelos EUA. Feita para as forças especiais americanas, acabaria sendo bastante popular entre os oficiais americanos, incluindo alguns generais. Disparava 15 balas e era recarregada por um cartucho na sua parte inferior. Podia ser modificada com uma mira telescópica. Mesmo que os EUA tenha já parado de utiliza-la, muitos países a utilizam até hoje, principalmente entre as forças policiais.
 
 
 

A BAR: O Rifle Mais Pesado dos Aliados

 
A BAR foi o rifle mais pesado que os aliados usaram na Segunda Guerra. Criada e produzida pelos EUA, a BAR foi utilizada pela primeira vez no final da Primeira Guerra. Podia disparar vinte tiros por cartucho. Alguns modelos possuíam um suporte no cano para ser usada como uma metralhadora leve. Mesmo potente, era leve e um único soldado podia carrega-la sem problemas. Foi usada por outras nações até os anos 1980.
 
 

Os Atiradores Americanos

 
Os atiradores americanos eram muito bem treinados e eficientes em combate. Na Normandia, esses soldados especiais contribuiriam em eliminar os temíveis e letais atiradores alemães e também ajudariam a eliminar oficiais alemães à longas distâncias, prejudicando a eficiência de combate do inimigo até o fim da campanha. A principal arma era o rifle Springfield 1918.
 
 
 

Bibliografia: